O
Programa Alimentar Mundial e o governo guineense querem melhorar a recolha de
informação para reverter os impactos dos desastres, através de ajudas de proteção
e assistência às populações vulneráveis em zonas de choques.
A
ação coincide com o programa estratégico nacional ONU-Guiné-Bissau, assinado em
meados de 2019.
Desastre
O
número de pessoas com fome extrema subiu de um terço para a metade da população
na Guiné-Bissau. Uma das causas pode ter sido as cheias que comprometeram a
última campanha agrícola, em alguns pontos do país, e as repercussões da
Covid-19 na frágil economia guineense.
Em
conversa com a ONU News de Bissau, o representante do PMA salientou que os dois
choques agravaram os indicadores de fome e pioraram o índice de sobrevivência.
Para João Manja, as dificuldades são maiores por causa da nova norma de vida e
a vitória contra o vírus é certa.
“O
que as pessoas têm que fazer agora para ganhar a vida é bastante mais extremo
do que faziam antes da Covid-19, mas por outro lado, há desafios de intervenção
e nós estamos aqui, abraçando esta causa, aceitando-a como uma causa nossa
juntamente com o governo e outros parceiros para dizer que havemos de vencer”.
Donativo
No
âmbito de resposta a situações de crise, o PMA adotou o Serviço Nacional de
Proteção Civil de uma ambulância, duas viaturas todo terreno, 30 telemóveis e
quatro computadores. A formação dos funcionários públicos em gestão de
emergências, coleta e a informatização dos dados sobre as infraestruturas para
a gestão dos riscos de desastre foram outros dos apoios.
Em
consequência, o fluxo e a qualidade de informações recebidas em tempo útil
melhoraram bastante, explicou João Manja. Sustentou que a meta de transformar a
Proteção Civil num centro de excelência vai moldar o comportamento das
comunidades, permitindo-lhes melhorar a sua resposta aos desastres.
Quanto
à novidade para este ano, o realce foi a introdução do componente dos sistemas
alimentares. O trabalho envolve o escritório do chefe do Sistema das Nações
Unidas e o Ministério da Agricultura.
Perspectivas
“Sentimos
que este é um programa que vai trazer uma grande contribuição na área de
resiliência e da melhoria da posição económica dos pequenos agricultores que
muitas vezes são também as mesmas pessoas que passam situações sazonais de
fome”.
O
representante afirmou que a parceria com o governo está não só a conhecer uma
grande expansão, como a passar por uma fase de qualificação dos parceiros por
forma a serem capazes de planear e implementar os programas do desenvolvimento
e eliminação da fome
Para
ele, não há razão nenhuma para que continue a haver uma única pessoa que não
tenha acesso a segurança alimentar adequada. Manja reiterou o engajamento do
Programa no cumprimento da sua missão de eliminação de fome e combate a
desnutrição.
O
PMA trabalha com o Serviço de Proteção Civil, tutelado pelo Ministério do
Interior no alerta precoce, aviso prévio e na resposta a desastres, objetivo
estratégico número um. Amatijane Candé – Guiné-Bissau, ONU News – Nações Unidas
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