O ministério
da Educação chinês autorizou a abertura de duas novas licenciaturas em língua
portuguesa, elevando para mais de 30 o número daquele tipo de cursos na China continental.
Os dois novos departamentos de português foram criados na e na Universidade Normal de Hunan. As licenciaturas arrancam
oficialmente em Setembro.
O
curso na Universidade Normal de Hebei vai ter 30 alunos no seu primeiro ano
lectivo e ambiciona apoiar a criação de uma Faculdade dedicada ao futebol
naquela instituição de ensino superior. “Estamos a tentar criar uma Faculdade
para o futebol e um centro para a formação de professores de chinês que vão
ensinar para os países de língua portuguesa”, disse a directora do novo
departamento de português, Qiao Jianzhen. “Sem a língua, seria impossível
desenvolver estes intercâmbios mais profundos”, explicou.
O
departamento de português quer capacitar os professores que leccionam chinês
nos Institutos Confúcio (IC) que operam nos países lusófonos, através da
criação de um curso livre, para além da licenciatura. “Faltam professores que
falem português, tanto no Brasil como em Portugal”, explicou Qiao, que
leccionou, desde 2005, no IC.
O
organismo patrocinado por Pequim garante cursos livres de mandarim em cinco
universidades portuguesas – Aveiro, Coimbra, Lisboa, Minho e Porto. A China
ambiciona converter-se numa potência do futebol, ao nível do seu estatuto
económico e militar, até meados deste século, pelo que tem atraído treinadores
e jogadores estrangeiros, incluindo centenas de brasileiros e portugueses. O
país conta apenas uma participação num Mundial de futebol, em 2002, na Coreia
do Sul.
No
total, mais de 1500 estudantes chineses frequentam agora cursos de português no
país asiático. Até 1999, apenas a Universidade de Estudos Estrangeiros de
Pequim e a Universidade de Estudos Internacionais de Xangai ofereciam
licenciaturas em português.
A
acelerada abertura de novos cursos reflecte a crescente necessidade da China de
formar melhores quadros para trabalhar com os países de língua portuguesa, face
à evolução das trocas comerciais, que só em 2020 se cifraram em 145 mil milhões
de dólares. In “Hoje Macau” - Macau
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