O mais recente livro do fotojornalista português Gonçalo Lobo Pinheiro “O que foi não volta a ser…” foi distinguido com Bronze na categoria de Livros Documentais na edição deste ano dos prémios “PX3 – Prix de La Photographie Paris”.
O
livro, publicado em Novembro de 2022 e que já vai na sua segunda edição, revela
o último projecto documental fotográfico. “O que foi não volta a ser…” é o
resultado de um trabalho de mais de um ano em que o autor, radicado em Macau há
13 anos, procurou adquirir ou pedir emprestado fotografias antigas de Macau,
captadas a preto e branco, entre os anos de 1930 e 1990, em diversos formatos.
Gonçalo
Lobo Pinheiro recorda, uma vez mais, que fazer este trabalho não foi fácil, por
inúmeras razões. “Estou muito feliz. É um concurso de fotografia importante,
com muita visibilidade. Sempre disse desde que findei o projecto que não tinha
sido fácil executá-lo, por isso, esta distinção deixa-me muito contente”,
começou por dizer.
“Adquiri
as fotografias em leilões, na Internet, a particulares, em lojas e até em
Portugal. Poucas me foram dadas ou emprestadas. Aliás, acabei por fazer, por
diversas vezes, vários apelos nas redes sociais para ter em minha posse imagens
antigas de Macau, o que não aconteceu. As pessoas saudavam a iniciativa, mas
quase ninguém me disponibilizou imagens. E depois, claro, estávamos em plena
pandemia de Covid-19”, lamentou.
Livro bem recebido
O
autor destaca o facto de o livro ter tido uma “óptima recepção” por parte das
pessoas, algo que, assume, “não esperava” apesar de considerar que o tema e a
abordagem “são atractivos”. Macau mudou muito nos últimos anos, é certo.
“Imaginem fotografias captadas há 70 ou 80 anos. E agora, o que fazer com elas?
Se, por um lado, ainda é possível recriar alguns cenários, por outro lado, é
impossível obter pontos de contactos noutras fotografias, porque simplesmente
as coisas já não existem no território. Tudo mudou. Por isso, na grande maioria
dos casos, o que foi não volta a ser”, referiu, deixando a porta aberta para
fazer nos próximos anos uma espécie de segundo volume do projecto com
fotografias novas.
O
livro, patrocinado pelo Banco Nacional Ultramarino (BNU) e pela Fundação Rui
Cunha, tem o prefácio da jurista e política portuguesa Maria de Belém Roseira,
antiga Ministra da Saúde e Ministra para a Igualdade, igualmente deputada à
Assembleia da República Portuguesa, que passou por Macau durante os anos de
1980, onde foi administradora da TDM – Teledifusão de Macau.
No
mesmo concurso, Gonçalo Lobo Pinheiro arrecadou ainda uma menção honrosa na
categoria Reportagem de Imprensa com o trabalho “O Último Tributo” que mostra a
despedida da população de Macau à Rainha Isabel II na Capela Morrison,
localizada junto ao Cemitério Protestante, publicado no jornal Ponto Final e na
revista Macau Closer. In “Hoje Macau” - Macau
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