A
diretora-executiva do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas
(UN-Habitat) iniciou a entrega de casas a 133 famílias da ilha do Príncipe,
beneficiárias do projeto Terra Prometida para a criação de uma comunidade
sustentável e urbanizada.
A
subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva do UN-Habitat,
Maimunah Sharif, está em São Tomé e Príncipe para uma visita de trabalho que
termina esta sexta-feira, após ter visitado o projeto Terra Prometida na
comunidade da Roça Sundy, na ilha do Príncipe.
Após
um encontro com o primeiro-ministro são-tomense para balanço da sua missão ao
arquipélago, Maimunah Sharif sublinhou que o projeto Terra Prometida visa
“promover a urbanização sustentável e processos participativos nos projetos” em
São Tomé e Príncipe.
A
dirigente da ONU sublinhou que “as 133 casas estão prontas” e que “o projeto
está quase concluído” e deverá começar a acolher os primeiros habitantes ainda
durante este mês, tendo em conta que há famílias “na sanzala” da Roça Sundy
“que estão em risco”, porque os tetos das casas ameaçam desabar.
Durante
a sua visita ao projeto, na quarta-feira, foram entregues alguns títulos de
posse às famílias, em concertação com o presidente do governo regional e os
líderes comunitários.
Por
outro lado, Maimunah Sharif assegurou o apoio da UN-Habitat para ajudar a
finalizar e implementar o Plano Nacional de Ordenamento de Território realizado
há dois anos.
Neste
sentido, as autoridades vão realizar no primeiro trimestre do próximo ano uma
mesa-redonda com todos os parceiros para discutir como implementar o Plano
Nacional de Ordenamento do Território com a assistência técnica da UN-Habitat.
Em
nota enviada à Lusa, a empresa HBD Príncipe,
do empresário sul-africano Mark Shuttleworth destaca que o projeto Terra
Prometida resulta de “um percurso notável de dedicação e colaboração que
conduziu a um marco significativo na vida da comunidade Sundy”.
O
comunicado refere que a Roça Sundy foi cedida à HBD Príncipe pelo governo
regional do Príncipe em 09 de fevereiro de 2011 e que a empresa “reconhecendo a
importância do desenvolvimento sustentável e do bem-estar da comunidade”
solicitou formalmente a experiência da UN-Habitat para a concretização do
projeto Terra Prometida, que conta com a participação financeira da HBD Príncipe
em 6,6 milhões de euros.
“Ao
longo dos anos, esta parceria demonstrou resiliência face aos desafios,
incluindo as complexidades logísticas, a pandemia global de covid-19 e os
obstáculos climáticos.
Apesar
destes obstáculos, todos os parceiros permaneceram empenhados na sua visão
partilhada”, lê-se na nota.
A
HBD Príncipe refere que o projeto de reassentamento sustentável Terra Prometida
foi concebido “não só para proporcionar habitações seguras e modernas, mas
também para criar um ambiente propício à educação, aos cuidados de saúde, ao
crescimento económico e ao bem-estar geral”.
“A
comunidade de Roça Sundy trabalhou cuidadosamente durante muitos anos para dar
forma à sua nova comunidade, com título de posse e infraestruturas dedicadas
para servir as suas necessidades”, declarou Mark Shuttleworth, citado no
comunicado.
“Gostaria
de reconhecer e apreciar a forma como eles e o seu comité trabalharam em
questões e compromissos complexos e emotivos, em parceria com a UN-Habitat e a
HBD, para concretizar este sonho. Embora isto seja apenas o início, é um feito
tremendo e um marco a celebrar no Príncipe”, acrescentou. In “Greensavers”
– Portugal com “Lusa”
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