“ABUNDANCE”, a exposição de Thomas Houseago, pode ser vista em Hong Kong, na galeria Gagosian, a partir do dia 21 de Setembro. Esta é a segunda vez que o trabalho do artista britânico no território vizinho é exposto em Hong Kong, revelando, desta vez, novas pinturas feitas ao ar livre a partir do seu novo estúdio em Malibu, Califórnia
O
trabalho do artista britânico Thomas Houseago volta a mostrar-se em Hong Kong
depois de um interregno de oito anos. “ABUNDANCE” é o nome da exposição que
estará patente na galeria Gagosian, em Central, a partir do dia 21 de Setembro,
compondo-se de pinturas repletas de paisagens e de natureza morta captadas a
partir do novo estúdio que o artista tem ao ar livre em Malibu, Califórnia.
Segundo
um comunicado, esta mostra “reflecte sobre a interligação cósmica e espiritual
e o poder transcendental da natureza”, sendo que os títulos dos quadros e as
suas “imagens expressivas” acabam por evocar “as ondas do oceano e a flora de
Malibu ao nascer e ao pôr do sol, com sóis, luas, rochas e céus representados
em cores vibrantes e linhas ondulantes”.
Thomas
Houseago acabou por ficar conhecido do grande público graças “à sua abordagem
original e vigorosa em torno do tema do corpo humano”. “Utilizando meios
associados à escultura clássica e modernista, a par de materiais menos
tradicionais como o cânhamo, entre outros, [o artista] constrói figuras
monumentais cujas superfícies e estruturas revelam os processos da sua
feitura”, descreve ainda o comunicado.
Ao
trabalhar sobre a tela e o papel, Houseago faz um cruzamento entre o desenho e
a cartografia, explorando também “o poder emocional e espacial da cor saturada
e de uma forma mais dinâmica”.
Influências várias
Os
trabalhos que estarão expostos na Gagosian revelam ainda “a influência de
artistas históricos e modernos da Europa de Leste e do Norte”, incluindo nomes
como Edward Munch e Van Gogh, considerados os grandes pintores do chamado
“século de ouro” na Holanda.
Revela-se,
no trabalho de Thomas Houseago, uma “noção de espontaneidade”, sendo que o
artista tem por hábito ouvir gravações de actuações ao vivo do artista de jazz
John Coltrane enquanto trabalha. Além desta inspiração musical, destaque ainda
para a influência das pinturas do monge budista do século XIII, Muqi Fachang, e
do pintor chinês Ma Yuan, falecido em Hunan, China, em 1225. Houseago também
foi buscar referências para o seu trabalho aos escritos dos poetas japoneses
Saigyō Hōshi, que viveu entre os anos de 1118 e 1190, e ainda Matsuo Bashō
(1644-1694), dos poetas chineses Li Bai (701-762) e Wang Wei (699-759) e do
antigo filósofo chinês Laozi. A mostra de Thomas Houseago pode ser vista até ao
dia 4 de Novembro. In “Hoje Macau” - Macau
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