Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 5 de agosto de 2023

Internacional – Diabetes tipo 2, cientistas descobrem gene que regula açúcar no sangue

Estudo analisou mais de 55 mil pessoas em todo o mundo para perceber o que mudou na genética quando se é diagnosticado com diabetes tipo 2


A insulina, hormona que regula os níveis de açúcar no sangue, desempenha um papel crucial no desenvolvimento do diabetes tipo 2. Por isso, os investigadores da Universidade Cambridge propuseram-se a estudar os mecanismos que subjazem à resistência à insulina após a ingestão de uma refeição ou bebida açucarada, um fator crítico nesta patologia.

Neste estudo que reuniu informações de mais de 55 mil indivíduos de todo o mundo – e sobre uma doença de prevalência crescente e que afeta milhões -, a equipa internacional analisou dados genéticos de 28 estudos para identificar variantes genéticas que influenciam os níveis de insulina após um teste de glicose.

A pesquisa descobriu 10 novos loci (zonas do genoma) associados à resistência à insulina, oito dos quais também foram associados a um risco mais elevado de diabetes tipo 2. Ao detalhe, dentro daquelas regiões do gene, ressaltou um dos aspetos relacionados o transporte de glicose da corrente sanguínea para as células após a ingestão de comida. Ora, quantidades diminuídas desse mesmo ‘transportador’, o GLUT4, no tecido muscular foram associadas a esta variante genética.

Para os investigadores, esta análise pode abrir caminho para futuros tratamentos para a doença que atínge pessoas que lutam para regular os níveis de glicose devido à secreção inadequada ou resistência à insulina.

“Sabemos que existem algumas pessoas com doenças genéticas raras específicas nas quais a insulina funciona de forma completamente normal em jejum, quando atua principalmente no fígado, mas muito mal após uma refeição, quando atua principalmente no músculo e na gordura”, diz o Stephen O’Rahilly, codiretor do Wellcome-MRC Institute of Metabolic Science, citando um comunicado da Universidade de Cambridge. “O que não ficou claro é se esse tipo de problema ocorre mais frequentemente na população em geral e se é relevante para o risco de contrair diabetes tipo 2”. In “Delas” - Portugal



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