A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou, esta quarta-feira, uma nova variante de interesse da Covid-19. A agência disse acompanhar uma alta constante na prevalência da chamada EG.5., que estava sendo monitorizada.
Até
segunda-feira, um total de 7 mil sequências foram compartilhadas por 51 países.
A maior circulação ocorre em países como Estados Unidos, China, Coreia do Sul,
Japão e Canadá.
Risco iminente de surgir uma variante ainda mais perigosa
As
autoridades norte-americanas revelaram que pacientes com a variante
correspondem ao maior número do total de casos da Covid-19.
Falando
a jornalistas, em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, advertiu
que “ainda persiste o risco de surgir uma variante ainda mais perigosa, que
pode causar uma alta repentina de casos e mortes”.
Ele
lembrou que ao declarar o fim do surto, em maio, alertou que a Covid-19 seguia
sendo uma ameaça à saúde global. Mas o total de casos relatados, as
hospitalizações e as mortes continuaram a diminuir em todo o mundo.
No
entanto, o número de países reportando dados à OMS teve baixa significativa. Em
julho, apenas 25% notificaram mortes e apenas 11% das hospitalizações e internamentos
em unidades de tratamento intensivo.
Melhor acesso a tratamentos
Tedros
Ghebreyesus lamentou que muitos países não estejam a partilhar os dados sobre a
Covid-19. A situação levou a agência a publicar uma série de recomendações
permanentes relacionadas ao vírus.
Os
países são aconselhados a continuar a relatar a informação, particularmente
sobre óbitos, morbidade, além de prosseguir com a vacinação.
Entre
as recomendações estão a oferta de atendimento clínico ideal para a Covid-19,
incluindo melhor acesso a tratamentos comprovados e medidas para proteger os
profissionais de saúde e cuidadores.
Ao
mesmo tempo, todos os países são chamados a começar, apoiar e colaborar em
pesquisas para gerar evidências para a prevenção e controle da doença.
Esforços para combater o vírus
Outro
conselho é que autoridades nacionais garantam o acesso equitativo a vacinas,
testes e tratamentos seguros, eficazes e de qualidade para a Covid, em momento
em que “muitas pessoas e governos olham para a Covid-19 como algo do passado”.
A
epidemiologista Maria Van Kerkhove disse que a falta de dados de muitos países
dificulta os esforços para combater o vírus.
Comparado
com o mesmo período do ano passado, a especialista disse que a atual situação
estava muito melhor para antecipar, operar ou ser mais ágil no seguimento da
situação. ONU News – Nações Unidas
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