A
Guiné-Bissau vai participar pela primeira vez na Exposição Internacional de
Importação da China, a maior feira chinesa dedicada aos produtos estrangeiros,
marcada para Novembro em Xangai, informou ontem a embaixada da China em Bissau.
De
acordo com um comunicado, o anúncio foi feito pelo embaixador chinês na
Guiné-Bissau, Guo Ce, na quarta-feira, durante um encontro com o novo ministro
do Comércio guineense, Jamel João Handem.
O
diplomata disse esperar que a Exposição Internacional de Importação da China
(CIIE, na sigla em inglês) pode “construir uma ponte para que os produtos
característicos da Guiné-Bissau entrem no mercado chinês. Guo Ce apelou à
cooperação bilateral não só na exportação de castanha de caju guineense para a
China, mas também na formação de recursos humanos na área comercial.
Segundo
o comunicado, Jamel João Handem agradeceu o convite chinês para participar na
CIIE e “os esforços de promoção” das exportações de castanha de caju da
Guiné-Bissau para a China.
O
país também já tinha levado a castanha de caju e outros produtos para a
Exposição Económica e Comercial China-África, que aconteceu em Changsha,
capital da província de Hunan, no centro da China, de 19 de Junho a 2 de Julho.
A
Índia é a principal compradora da castanha da Guiné-Bissau, mas, nos últimos
anos, empresários do Vietname e da China também têm comprado a castanha
guineense, embora em poucas quantidades.
Em
Abril, a imprensa guineense noticiou uma intenção da embaixada da China em
Bissau segundo a qual empresários chineses estariam interessados em comprar
“mais de 30 toneladas” de castanha de caju. Isto numa altura em que a
Guiné-Bissau ainda tinha pelo menos 30 mil toneladas de castanha de caju
colhida em 2022 por exportar, “devido às dificuldades logísticas e da própria
conjuntura do mercado internacional”, disse à Lusa uma fonte do Ministério do
Comércio.
A
edição deste ano da CIIE está marcada para a capital financeira chinesa,
Xangai, no leste do país, entre 05 e 10 novembro, e irá acontecer em formato
totalmente presencial, pela primeira vez desde o início da pandemia de
covid-19.
A
China anunciou em dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e
contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições no âmbito da
política ‘zero covid’, que incluíram a quase total suspensão da emissão de
vistos de negócios. In “Ponto Final” - Macau
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