As
penas azuis das asas são a característica mais fácil de detectar, pois
contrastam bastante com a tonalidade acastanhada do dorso e peito. As asas
possuem também um padrão preto-e-branco, tornando a combinação de cores muito
visível quando se encontra em voo.
Com
um comprimento de 33 a 36 cm e um peso de 140 a 190 gramas, o gaio é um dos
melhores imitadores que podemos encontrar entre as espécies da nossa avifauna.
Consegue fazer imitações perfeitas de gaviões. Algo que pode ser muito
importante como método de defesa, afugentando mochos e outras aves de rapina.
Habita
sobretudo em bosques caducifólios e mistos com resinosas, onde extrai toda a
sua alimentação, como sejam as bolotas, larvas e outros insetos, além da pilhagem
que move aos ninhos de outras aves.
O
ninho encontra-se em geral a uma altura inferior a cinco metros e é constituído
por palhas, pequenos ramos e raízes. A postura é de 3 a 6 ovos e o casal
reveza-se no choco que dura 16-19 dias. As crias são alimentadas por ambos os
progenitores e geralmente estão completamente cobertas de penas entre os 21 e
os 23 dias de idade.
Pode
ser observado durante todo o ano, sendo uma espécie residente e protegida.
Alguns
locais onde pode ser observado
Entre Douro e Minho – É frequente nas serras da Peneda, de Arga e do Gerês,
encontrando-se também no Corno de Bico, nas lagoas de Bertiandos, no pinhal do
Camarido (junto ao estuário do Minho) e em Guimarães.
Lisboa e vale do Tejo – Os melhores locais situam-se nas serras de Sintra e da
Arrábida. Também se observa em Tomar, na serra de Montejunto, no cabeço de
Montachique, nas zonas florestadas junto à lagoa de Albufeira e também na Mata
da Machada. É ainda frequente na cidade de Lisboa, especialmente em Monsanto,
sendo por vezes observado noutros parques durante o Verão.
Alentejo – Embora
pouco abundante, é observado em Nisa, em Castelo de Vide, na barragem da Póvoa,
na zona de Marvão, na serra de Grândola e em Arraiolos, assim como nos montados
de Cabeção e nas imediações da albufeira de Montargil. Ocorre igualmente no
estuário do Sado. No sueste alentejano pode ser visto localmente junto a
Mértola. In “Green Savers Sapo” - Portugal
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