Coordenador residente disse que encerramento do Uniogbis, em 31 de dezembro, deve ser “um motivo de orgulho” para o povo guineense, a presença foi estabelecida após tensões políticas na nação africana de língua portuguesa. A nova estrutura organizacional adotará várias funções do Uniogbis
Este
2020 marca o encerramento da presença da Missão Política Especial das Nações
Unidas na Guiné-Bissau. O Escritório Integrado da ONU para a Consolidação da
Paz no país, Uniogbis, teve o mandato aprovado pelo Conselho de Segurança após
o conflito armado de junho de 1998.
A
partir de 2021, as agências, os fundos e os programas da organização
continuarão a atuar na Guiné-Bissau sob a alçada do coordenador residente,
Mamadou Diallo, e numa estrutura de Equipa-País.
Nova estrutura
Falando
em Bissau, Diallo afirmou que para os guineenses esta transição oferece
oportunidades e é “um motivo de orgulho”. Pela nova estrutura organizacional
várias funções do Unogbis prosseguirão.
Segundo
ele, o encerramento da Missão é a apoteose do empreendimento de sucesso,
fazendo com que a Guiné-Bissau se mova de um país, em cenário de missão, para
uma nação que passa a ter a cooperação apenas através do coordenador residente
e dos parceiros.
O
representante acrescentou que todos os guineenses precisam se orgulhar dessa
transição e da estrutura de cooperação da ONU. A equipe nacional continuará com
atividades para consolidar a paz para que “os ganhos não sejam perdidos, mas
também de forma razoável e contínua apoiará o país na transição para um
desenvolvimento de longo prazo”.
Foi
em 2019 que o Conselho de Segurança decidiu reconfigurar a presença das Nações
Unidas no país lusófono. A medida foi confirmada este ano na resolução 2512.
Progresso
O
coordenador disse que a ação deve seguir impulsionando os três pilares da ONU:
paz e segurança política, por um lado, e o desenvolvimento para continuar
apoiando o país na sua aspiração de progresso. Mas também a ambição de liderar
o sucesso da transição política e avançar para o cenário onde não existe uma
missão política.
Diallo
disse que foi nessa lógica que o processo funcionou com apoio positivo tanto da
Missão, como do sistema e dos programas da ONU. Destacou que na etapa de
transição domina uma cultura da missão e realização.
Desde
que o Uniogbis foi enviado à Guiné-Bissau, o foco dos mandatos incluiu
atividade para promoção do diálogo político, apoio ao processo de reconciliação
nacional e proteção dos direitos humanos.
O
Escritório também atuou em igualdade de gênero, combate ao tráfico de drogas e
ao crime organizado transnacional além do reforço do Estado de direito e das
reformas do Estado.
Liderança
De
acordo com o Uniogbis, os resultados dessas atividades refletiram o apoio
recebido dos próprios guineenses e “a ONU não pode substituir as instituições e
liderança do país”. As ações realizadas incluem treinamentos, aconselhamento e
ajuda.
Na
última declaração pública, o Escritório destaca que “o progresso real só pode
ser feito se houver propriedade nacional e vontade política”.
Recentemente
os pontos que devem orientar a transição foram definidos por entidades do
governo e parceiros. Entre os tópicos discutidos estão a validação da análise
de conflito e as prioridades de consolidação da paz. ONU News – Nações Unidas
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