O retrato de Francisco Xavier Roquette que consta do acervo da Santa Casa da Misericórdia de Macau fez parte da exposição “Um Rei e Três Imperadores: Portugal, a China e Macau ao tempo de D. João V”, que agora recebeu o prémio de “Melhor Exposição Temporária” pela Associação Portuguesa de Museologia. A secretária-geral da Santa Casa, Gisela Nunes, disse a este jornal que a notícia foi recebida com muito agrado
O
Museu de São Roque, que possui uma colecção de arte sacra, do espólio da Santa
Casa da Misericórdia de Lisboa, foi distinguido com o prémio de “Melhor
Exposição Temporária”, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia
(APOM) à exposição “Um Rei e Três Imperadores: Portugal, a China e Macau ao
tempo de D. João V”, que celebrou os 20 anos da transferência da soberania de
Macau para a China. A Santa Casa de Macau participou na exposição com uma obra
do seu acervo.
Ao
Jornal Tribuna de Macau, a secretária-geral da instituição local, Gisela Nunes,
disse que receberam o prémio com muito agrado, ainda que tenham participado
apenas como instituição parceira. “A nossa participação foi apenas como
parceira, uma vez que a referida exposição celebrou os 450 anos da Santa Casa.
A exposição ia ser lançada em 2019 e foi do nosso interesse contribuir com uma
peça”, explicou.
Segundo
Gisela Nunes, na sequência das celebrações dos 450 anos da Santa Casa, no ano
passado, a instituição local ficou mais próxima das instituições congéneres em
Portugal. Na altura, o provedor da Casa de Lisboa não pôde vir ao território
por estar doente, mas o seu representante esteve em Macau e, ao ver o espólio
da Santa Casa mostrou interesse em ter uma das peças expostas em Portugal.
À
instituição de Macau foi então pedido um retrato que consta do seu acervo do
mercador Francisco Xavier Roquette. “Foi um conhecido mercador da comunidade
portuguesa em Macau e foi um dos principais beneméritos da Santa Casa, daí
termos um retrato enorme seu no museu”, explicou Gisela Nunes.
“Temos
muito gosto que esta boa notícia chegue ao conhecimento da Santa Casa da
Misericórdia de Macau, renovando os nossos agradecimentos pela participação na
exposição como parceira institucional, tornando assim possível esta distinção”,
afirmou a directora do Museu de São Roque, Teresa Morna, num email endereçado à
Santa Casa.
Devido
à pandemia, a exposição teve de ser interrompida, mas ainda assim, acabou por
receber o prémio ex aequo com o Museu Calouste Gulbenkian. A 25ª edição dos
prémios da APOM realizou-se este mês, via online, devido à COVID-19. Catarina
Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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