A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciou mais 32 tradições que se juntam à lista do Património Imaterial da Humanidade
Entre
elas está a arte do sopro da trompa, uma técnica instrumental existente no
Luxemburgo, mas também na França, país onde nasceu no século XVIII (18), na
Bélgica e em Itália. Esta arte foi incluída na lista Património Cultural
Imaterial.
No
Luxemburgo, homens e mulheres conhecidos como "Haupeschbléiser" (nome
proveniente de Saint-Hubert, patrono dos caçadores) continuam a reunir-se para
manter vivo este património.
Segundo
um comunicado do Ministério da Cultura e da Comissão luxemburguesa para a
cooperação com a Unesco, esta arte consiste em tocar a trompa (sem pistões) por
meio de técnicas de respiração muito físicas, de preferência na natureza, onde
o seu timbre arcaico pode ressoar livremente.
“O
canto também desempenha um papel importante na transmissão desta arte musical.
Tocando sem partitura e vestidos com sobrecasaca, os músicos dão as costas ao
público para fazê-lo escutar o melhor possível o som do instrumento.
O
convívio, o encontro com tocadores de sinos de outros países, o vínculo com a
natureza e a partilha destes valores para além das fronteiras são
características essenciais desta tradição viva”, refere o Ministério da
Cultura.
Os
"Haupeschbléiser" participam ativamente na vida cultural do
Grão-Ducado e são membros da Union Grand-Duc Adolphe (UGDA), bem como da
Fédération des Trompes du Bénélux (FTB) e da Federação Internacional de Chifres
Franceses.
Entre
as 32 novas tradições de diferentes países anunciadas pela Unesco, três foram
inscritas na lista do Património Imaterial, requerendo medidas urgentes de
salvaguarda, e outras 29 na lista de Património Cultural Imaterial, incluindo a
tradição de sopro do Luxemburgo. In “Contacto” - Luxemburgo
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