O embaixador de Portugal em Caracas está confiante na expansão da Língua Portuguesa na Venezuela
A
Venezuela passa por um momento favorável para a divulgação da língua e cultura
portuguesas no país, onde quase 5500 alunos aprendem oficialmente o idioma,
segundo o embaixador de Portugal em Caracas. «Estamos num momento
particularmente favorável à divulgação da nossa língua. Neste momento contamos
com cerca de 5500 alunos de português a nível escolar (ensino oficial)», disse.
Carlos
de Sousa Amaro falava à agência Lusa no final do Primeiro Encontro Virtual de
Escritores Lusófonos da Venezuela, que durante cinco dias reuniu sete
escritores e intelectuais de diversos países com o público venezuelano e que
homenageou o poeta português Fernando Pessoa.
«Temos
vindo a desenvolver um trabalho, ao longo dos últimos anos, e é agora possível
ter o ensino do português no curriculum das escolas. Isto é muito importante»,
disse o diplomata, que destacou também o papel das associações
luso-venezuelanas na promoção do idioma.
O
diplomata explicou que neste momento há três universidades venezuelanas a
ensinar português, ao abrigo de um acordo com o Instituto Camões, com uma
delas, a UPEL, na cidade de Maracau, a preparar os estudantes para serem
professores de português.
Carlos
de Sousa Amaro frisou ainda que tem sido preparada «toda uma cadeia» de ensino
e promoção da língua, «que vai ter muito bons frutos a médio e longo prazo».
«Cobrimos
vários estados (regiões) bastante diversos da Venezuela. Estamos com uma grande
oferta, mas também com muita recetividade, adesão e interesse por parte das
próprias escolas», frisou.
Contornos do encontro de escritores
Sobre
o Encontro Virtual de Escritores, explicou que «foi uma iniciativa piloto», em
que a «adesão excedeu em muito» as expetativas», e adiantou que já está a ser
pensada a «possibilidade de repetir esta iniciativa».
Por
outro lado, explicou que a pandemia da covid-19 «tem tido efeitos muito
negativos, mas também alguns positivos, e permitiu que este tipo de iniciativas
chegasse onde provavelmente não chegaria».
«No
ano passado tínhamos pensado em fazer algo presencial, um seminário (…). O
facto de ter sido à distância, virtual, permitiu juntar pessoas com interesse
semelhantes, dos vários cantos do mundo. E isso foi graças à pandemia», disse.
O
diplomata aproveitou para pedir à comunidade lusa da Venezuela «que apoie os
filhos no estudo» do português, recordando que o Instituto Camões, a
Coordenação (local) do Ensino da Língua Portuguesa e a Embaixada de Portugal
estão a proporcionar oportunidades, pensando no futuro.
«Aprender
uma língua é abrir uma janela para outra cultura, uma porta para um futuro
profissional», frisou.
O
encontro foi organizado pela Embaixada de Portugal em Caracas, o Camões –
Instituto da Cooperação e da Língua, a Coordenação de Ensino Português na
Venezuela (CEPE-Venezuela), com o apoio do Instituto Português de Cultura, a
Caixa Geral de Depósitos, o jornal de expressão portuguesa Correio da Venezuela
e a Fundação Coração em Malaca. In “Correio da Venezuela” – Venezuela com “Lusa”
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