A
presença de baleias assassinas é o motivo do escasso avistamento de grandes
tubarões brancos ao largo da costa sul-africana, onde são uma atração turística
mundial, revelou o Governo da África do Sul.
As
causas deste fenómeno, que há mais de dois anos mantém apreensivos os
conservacionistas e o setor do turismo local, foram confirmadas num relatório
preparado para o Ministério do Ambiente sul-africano por um painel de peritos.
“O
painel notou com preocupação o desaparecimento de tubarões brancos das
estâncias de ecoturismo, mas concluiu que se tratava provavelmente de uma
mudança na distribuição (da população) de leste para oeste, em resultado dos
recentes avistamentos de baleias assassinas”, lê-se no relatório, apresentado pela
ministra do Ambiente sul-africana, Barbara Creecy, na Cidade do Cabo.
A
investigação exclui outras hipóteses que circulam no país, tais como as que
culpam a pesca pela ausência destes grandes predadores ou ainda a poluição das
águas.
Pelo
menos até este fenómeno começar a ocorrer, a área da Cidade do Cabo e outras
áreas próximas na costa atlântica sul-africana, como a pequena cidade de
Gansbaai (que vive predominantemente deste tipo de turismo), foram consideradas
como estando entre as melhores regiões do mundo para se avistarem grandes
tubarões brancos.
O
grande tubarão branco é considerado uma espécie vulnerável que pode ser
encontrada em todos os oceanos e cujos espécimes adultos medem entre cinco e
sete metros de comprimento e pesam até duas toneladas.
O
seu desaparecimento põe em causa a grande procura desta indústria, embora na
zona existam outras espécies de tubarões que podem ser apreciadas em atividades
como o mergulho ou o mergulho dentro de jaulas.
Em
2020, os avistamentos na área, embora ainda escassos, aumentaram em relação ao
ano anterior.
A
conclusão do painel de peritos sobre baleias assassinas faz parte de uma
revisão importante do “Plano Nacional de Ação para a Conservação e Gestão dos
Tubarões da África do Sul”, que foi apresentado em 2013 e provou ser ineficaz
nos últimos sete anos.
Com
esta revisão da situação, o país procurará conservar melhor os tubarões,
mantendo um equilíbrio difícil entre o interesse turístico e o elevado valor de
pesca das populações de tubarões. In “Green Savers Sapo” - Portugal
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