A
Escola Portuguesa de Díli (EPD) concluiu as obras de reabilitação depois dos
sérios danos causados em vários espaços pelas cheias ocorridas na cidade a 13
de Março, anunciou a Direcção. Acácio de Brito disse que as cheias causaram
“uma destruição devastadora, “a que só as mãos e vontade de tantos permitiram
que esse momento seja, apenas, uma recordação menos boa”.
O
responsável da EPD disse à Lusa que a intervenção total na escola custou cerca
de 293 mil dólares (201 mil euros), com a biblioteca e a cantina a
representarem o maior custo.
Ao
salientar a “vontade inquebrantável de tantos, professores, funcionários,
alunos, pais e toda a comunidade” no apoio à recuperação, Acácio de Brito disse
que as obras permitem que a EPD se mantenha como ponto de referência no setor
educativo em Díli.
“Quero
prestar público agradecimento pelo trabalho de missão, abnegação pessoal e
profissional de todos aqueles que num momento muito difícil disseram: ‘estamos
aqui'”, e assim, permitiram que a “escola possa dar cumprimento à sua
actividade primeira, dando cumprimento de uma obrigação basilar: manter a
Escola Portuguesa de Díli um espaço de referência da língua e da cultura
portuguesas, exigente nos propósitos, qualificante e qualificadora dos recursos
humanos”, referiu.
Acácio
de Brito agradeceu o apoio dado pela Embaixada de Portugal em Díli e por várias
individualidades e entidades timorenses, com desta-que para os ex-Presidentes
José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, ao comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste
(F-FDTL), Lere Anan Timur, ao Governo e à Polícia Nacional de Timor-Leste
(PNTL).
A
construção do muro que rodeia a escola foi o último passo na reabilitação da
escola, fechada entre 13 de Março e o arranque do actual ano lectivo, tendo nos
últimos meses do ano lectivo passado as aulas à distância.
“Melhoramos
o espaço escolar, valorizando valências que vão desde a informatização total da
nossa escola, como aumentamos o nosso acervo bibliográfico, sem esquecer o lado
lúdico nas aprendizagens com a intervenção do espaço que colocamos ao dispor de
toda a comunidade escolar”, referiu.
“Toda
a intervenção feita na EPD foi suportada financeiramente por recursos próprios
da nossa Escola”, disse.
A
EPD iniciou o actual ano lectivo com 1186 alunos, 300 no ensino pré-escolar e
cerca de 800 entre o 1.º e o 12.º anos, e conta com um corpo de 48 docentes em
mobilidade, a que se somam 18 de contratação local, de entre um total de 121
trabalhadores.
Além
de 1049 timorenses a escola tem 110 portugueses, 12 brasileiros, cinco
coreanos, três cabo-verdianos e dois alunos cada da Austrália, da Malásia, da
Indonésia e de França
Actualmente,
há mais de 430 crianças em lista de espera.
O
maior grupo de alunos (292) estão no pré-escolar, com o número de alunos a
baixar progressivamente ao longo da escolaridade, com 22 finalistas a
frequentar o 12º ano.
Cerca
de 78% dos alunos que terminaram a escolaridade e se candidataram ao Ensino
Superior em Portugal, conseguiram entrar na primeira opção. In “O Século
de Joanesburgo” – África do Sul com
“Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário