Há já três meses que a Casa de Portugal tem de pagar renda pelo espaço onde deverá funcionar o restaurante “Lvsitanvs”, na “Casa de Vidro”, no Tap Seac, porém, o estabelecimento ainda não tem licença para operar. Sem conseguir apontar um prazo para a obtenção da documentação exigida para a respectiva operação, Amélia António disse ao Jornal Tribuna de Macau que o Instituto Cultural quer que o espaço funcione logo no início de 2021
Um
ano passou desde que a Casa de Portugal venceu o concurso público que lhe concedeu
um espaço na “Casa de Vidro”, no Tap Seac, onde deverá funcionar o restaurante
“Lvsitanvs”, porém, o estabelecimento ainda não abriu portas e não é possível
saber, com certeza, quando isso acontecerá.
“Não
conseguimos ainda que nos recebessem o pedido da licença, porque de cada vez
que vamos entregar acham que é preciso mais qualquer coisa. Depois dizem que
não têm culpa, porque quem fez o concurso é que devia ter posto logo esses
documentos todos. Tínhamos de estar a funcionar em Setembro e, mesmo assim já
estava mal, porque estavam a contar o tempo a partir de Novembro, quando só
fizemos a escritura no fim de Abril. Dizem que, como tínhamos a chave, estão a
contar desde essa data, como se pudéssemos fazer o que quer que fosse com a
chave”, começou por referir a presidente da Casa de Portugal em declarações ao
Jornal Tribuna de Macau.
“Já
estamos há três meses sem poder fazer nada. Estamos a pagar renda e sem
funcionar, mas com tudo feito. Pedem papéis e mais papéis, alguns nem sentido
fazem, porque é uma obra que está feita e está a ser tratada como se fosse
nova”, lamentou Amélia António.
O
Instituto Cultural (IC) disse agora que o restaurante tem de estar a funcionar
a 1 de Janeiro. “Continuamos a não conseguir entregar os papéis e não é só
isso. Estamos a pagar renda para nada e a perder tempo do contrato. Os três
anos que era suposto, agora já são só dois. Isto é um problema calamitoso”,
frisou.
Amélia
António explicou que é necessário pedir esta licença, porém, apesar do edifício
estar construído, é preciso passar pelo menos processo como se fosse preciso
criar tudo de raiz. “Está tudo feito, só temos de equipar a cozinha, mas temos
de apresentar os projectos de arquitectura, esgotos, electricidade, como se
estivéssemos a fazer uma obra de raiz, o que é completamente tonto. Depois
começaram outro tipo de problemas, como dizerem que tem de se apresentar uma
autorização do dono para que se faça a obra”.
Assim,
a Casa de Portugal dirigiu-se ao IC que, por sua vez, indicou que o
proprietário é a Direcção dos Serviços de Finanças que acabou por conceder a
tal autorização. Contudo, a associação ainda está à espera de outra a indicar
que o espaço pode ser usado para fins comerciais.
“Não
podemos fazer nada por causa da licença. Temos as coisas para pôr lá, para
fazer as ligações, mas não podemos porque não temos a licença. Não vamos fazer
obras no chão, nem nas paredes, nada. Vamos equipar aquilo e pôr tomadas para
ligar as coisas, mas não são obras de base, só que para eles é como se fosse.
Começámos pelo livrinho das instruções para estas coisas, mas depois começaram
com estas exigências por causa de ser um edifício público. Mas, exactamente por
ser um edifício público e aprovado para aquele fim é que não devia levantar
problemas”, defendeu Amélia António.
Recorde-se
que o espaço concedido à Casa de Portugal na “Casa de Vidro” foi parcialmente
inaugurado em início de Dezembro do ano passado. Amélia António estava bastante
optimista quanto à abertura do restaurante naquele local, porém, a pandemia
trouxe algumas dificuldades. Agora, não avança nenhum prazo para a abertura a
não ser o solicitado pelo IC. Inês Almeida – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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