Depois de cerca de 40 apresentações online, a 12.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa segue o seu caminho offline já a partir de amanhã. As obras de Raquel Gralheiro, Alexandre Marreiros e Bernardino Soares podem ser apreciadas até 6 de Dezembro no edifício do Fórum Macau
Numa
época em que a distância é uma palavra detentora de novos contornos e
significados, é sempre bom interagir com arte sem a ajuda de um ecrã. Após
cerca 40 apresentações culturais online, oriundas de 11 países e regiões,
chegou a vez de a 12.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua
Portuguesa se encontrar no mesmo espaço físico que a sua audiência, para as
exposições de pintura de Raquel Gralheiro (Portugal) e Alexandre Marreiros
(Macau) e ainda de Bernardino Soares (Timor-Leste), na área da fotografia.
Integradas
no programa “1+3”, as exposições abrem ao público a partir de amanhã, podendo
ser visitadas até 6 de Dezembro no edifício do Fórum Macau. Adicionalmente,
explicando o “1” da equação que empresta o nome às actividades presenciais do
evento, haverá lugar, segundo um comunicado oficial, a uma exposição sobre “as
realizações do Fórum de Macau”, que apresenta não só a sua história e
resultados obtidos, mas também “costumes e produtos culturais dos países de
língua portuguesa”.
Nascida
em Viseu, Raquel Gralheiro é uma artista plástica formada em Pintura pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, cujas obras reflectem o seu
fascínio pela figura feminina e a utilização do corpo como instrumento
publicitário. Intitulada “Pop Pin”, a exposição pretende representar a mulher
como elemento “congregador dos sentidos”, que emana energia positiva,
materializada na infinidade de cores puras, patente nas suas telas.
Já
em “Whispering Rooms”, o arquitecto Alexandre Marreiros aborda a ideia de uma
Macau vazia e silenciosa, com traços que procuram transpor para a tela, a
realidade vivida nos primeiros tempos da pandemia da covid-19 no território. A
ideia dos trabalhos apresentados é, segundo partilhou com o HM na semana
passada, representar a “ideia fragilizada, isolada, permeável e visível aos
nossos olhos dos espaços inocupados”, através de um registo temporal de Macau
que, à semelhança de muitas outras, “se encontrou desabitada, assombrada pelo
silêncio e pelo vazio”.
Olhares discretos
Da
visão perspicaz e cuidada de Bernardino Soares resulta a exposição “Discreto”,
que tem a particularidade de não se traduzir numa mostra de “meros instantâneos
e imagens de ocasião”, mas sim obras artísticas cuidadas que têm as
singularidades de Timor-Leste e das montanhas de Tata Mailau como pano de
fundo. In “Hoje Macau” - Macau
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