Quarenta docentes participaram sábado no 3.º Congresso e 7.º Encontro de Professores de Língua Portuguesa da Venezuela, uma iniciativa anual de coordenação local do Camões, Instituto de Cooperação e da Língua, que pela primeira vez foi virtual
“Este
ano contámos com um grupo bastante interessante de especialistas que deram
recomendações aos professores sobre como trabalhar diferentes áreas da língua,
usando as ferramentas da internet e diversas plataformas”, explicou o
coordenador do ensino à Agência Lusa.
Segundo
Rainer Sousa (na foto), o encontro, de quatro dias, contou com especialistas de
Espanha, de Portugal, da Suíça e do Brasil, entre criadores de manuais de
português como língua estrangeira e representantes de editoras portuguesas que
produzem livros para o ensino.
“Apesar
dos problemas que existem na Venezuela (falhas na Internet e apagões de
eletricidade) tem havido um aumento de estudantes de língua portuguesa no
ensino oficial venezuelano, com novas escolas a abrirem em Estados onde não tínhamos
ensino (oficial) de português, como Mérida, Nova Esparta e Delta Amacuro”,
disse.
Rainer
Sousa precisou que a Venezuela tem atualmente 650 alunos de português no ensino
privado e 4600 no ensino oficial.
“Todas
estas aulas são à distância, porque o Ministério da Educação da Venezuela
assumiu o ensino à distância como o ensino que tem de ser praticado durante
estes meses da pandemia”, frisou.
Por
outro lado, explicou que “o grande desafio continua a ser ter mais professores,
porque nos próximos anos a procura continuará em crescimento e cada vez mais
escolas procurarão implementar o português nos seus programas oficiais”.
O professor Jany Moreira, da Federação de Luso-descendentes da Venezuela, acrescentou que “a Venezuela tem grandes problemas de conexão (à Internet) e de eletricidade o que faz com que, às vezes, as aulas tenham constrangimentos”.
Segundo
o professor David Pinho, presidente da Associação Venezuelana Para o Ensino do
Português (AVELP) a maioria dos alunos que procuram aprender a língua
portuguesa têm entre os 11 e os 15 anos.
“Foi
preciso fazer formação para usar as aplicações, que foi dada pelo Instituto
Camões e cada professor tomou a iniciativa de usar uma aplicação, entre elas ,
Google Meet, Zoom ou Classroom”, disse.
Por
outro lado, agradeceu o apoio do Camões mas insistiu precisar de ajuda
económica, porque “há professores que não estão a dar aulas, porque a maior
procura é do ensino presencial” que de momento não está autorizado localmente
devido à pandemia da covid-19. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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