Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Angola - Obras do novo Aeroporto Internacional de Luanda retomadas em Janeiro de 2021

As obras do novo aeroporto internacional de Luanda vão ser retomadas no princípio de 2021 e serão concluídas no prazo de dois anos, garantiu o ministro dos Transportes, Ricardo d"Abreu, acrescentando que não vai ser necessário recorrer a financiamento adicional, pois o empréstimo aprovado para concluir as obras, no valor de 1,4 mil milhões de dólares, " é mais do que suficiente" para finalizar o projecto


"Fechámos acordo com o grupo empreiteiro para retomar as obras no início do próximo ano", armou Ricardo Viegas d"Abreu, num encontro com jornalistas.

"Foi necessário reavaliar o projeto, assegurámos que fossem feitos ajustes técnicos e chegámos a acordo quanto à necessidade não haver financiamento adicional, conseguiu-se acomodar", reforçou o ministro.

O governante informou que depois da conclusão das obras, o novo Aeroporto Internacional de Luanda terá ainda de passar por um período de testes e de certificações, antes da entrada em funcionamento.

As obras de construção do novo aeroporto internacional de Luanda, entregues a uma empresa chinesa, tiveram início em 2005, com financiamento da China, mas a sua conclusão tem vindo a ser adiada. Antes destas declarações de Ricardo d"Abreu, a última data avançada pelo Governo projectava a inauguração para 2022.

Em Março de 2019, o ministro dos Transportes anunciou que o curso das obras do novo Aeroporto Internacional de Luanda ia ser alterado com a introdução de correcções de engenharia e na sua funcionalidade de forma a adequar a infra-estrutura às exigências de um aeroporto moderno e confortável, estipulando como meta para a conclusão deste trabalho 2022.

Com um investimento inicialmente, mas oficiosamente, previsto em cerca de 5 mil milhões USD, já largamente ultrapassado, este projecto, localizado no Bom Jesus, município de Icolo e Bengo, a cerca de 40 quilómetros de Luanda, financiado pela China, foi analisado pelo Tribunal de Contas que detectou graves falhas na construção, desde a qualidade dos materiais aos acabamentos defeituosos bem como problemas estruturais de engenharia.

Várias notícias davam conta de problemas estruturais graves na infra-estrutura, tanto em questões de segurança como de qualidade da obra, tendo mesmo esta sido retirada à companhia que a iniciou, sendo a CIF substituída pela também chinesa AVIC, um conglomerado ligado à indústria aeronáutica militar.

Depois de concluído, este será um dos maiores aeroportos de África, com capacidade para cerca de 15 milhões de passageiros por ano - a maior parte tráfego internacional - e um volume anual de mercadorias de 50 mil toneladas, erguido em 1324 hectares, onde estão previstas duas pistas duplas, com capacidade para receber os maiores aviões comerciais do mundo. In “Novo Jornal” - Angola


 

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