Com um livro de contos intitulado Mulher Infinita, Lourenço Mussango conquistou a edição de 2020 do Prémio Literário António Jacinto, iniciativa do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), que visa "incentivar a criação literária, promover o surgimento de novos autores e obras", assim como "promover o enriquecimento do universo simbólico e do imaginário angolano através da literatura”
Segundo
o júri, que teve como presidente o académico Joaquim Martinho, Lourenço Mussango,
de 33 anos, foi declarado vencedor por ter apresentado um texto cujo
"pendor imaginativo e processo criativo recriam, com subtileza, temas e
cenários do quotidiano aprendidos pelo autor implícito, com laivos intertextuais,
tendo a mulher como o cerne da narrativa".
Considerando
que se trata de "um livro angolano de todo o lugar", o autor explica,
em breves declarações ao Novo Jornal, que os oito contos que compõem a obra
apresentam "uma escrita um pouco diferente" da que se pratica no
País.
"Nunca
aceitei moldar a minha escrita em função daquilo a que alguns chamam de
angolanidade", assegura, reforçando que procurou sempre "produzir uma
literatura para todo o lugar".
Além
da publicação, em Novembro deste ano, de mil exemplares de Mulher Infinita, o
vencedor receberá em kwanza o valor equivalente a cinco mil dólares.
Jornalista e director literário
da Asas de Papel Editora, o jovem tem já um acordo com a editora portuguesa
Guerra e Paz, para a publicação de Mulher Infinita em «terras lusas». Onélio
Santiago – Angola in “Novo Jornal”
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