No
dia 26 de novembro, os governos e instituições de todo o mundo fazem uma
homenagem à oliveira com uma mensagem simples e clara: escolha a oliveira para
proteger nosso planeta e nossa saúde.
Este
tributo tem como objetivo destacar o papel da olivicultura no desenvolvimento
econômico e social sustentável, mas também como uma arma fundamental na luta
contra as alterações climáticas.
A
oliveira, com as suas raízes no Mediterrâneo, é um símbolo universal de paz e
harmonia. Crescendo em cinco continentes, as oliveiras fornecem empregos,
segurança e recursos naturais para comunidades rurais em todo o mundo.
Como
um agente contra o aquecimento global, as oliveiras têm um balanço de carbono
positivo – retiram mais CO2 da atmosfera do que o emitido durante o processo de
produção do azeite.
O
azeite de oliva e azeitonas de mesa são uma fonte comprovada de nutrição e
ingredientes essenciais na dieta mediterrânea. Oferecem uma grande variedade de
aromas e sabores e realçam uma cozinha única que já desperta o interesse de
chefs de renome em todo o mundo.
A
capacidade de suas múltiplas propriedades saudáveis e nutricionais que
contribuem na prevenção de algumas doenças, já amplamente reconhecida.
Para
Rita Bassi, presidente da Associação Brasileira de Produtores, Importadores e
Comerciantes de Azeite de Oliveira (OLIVA) “fazer parte das celebrações
mundiais deste dia é muito importante para nós enquanto entidade no Brasil.
Nosso trabalho é conscientizar a população sobre a importância do consumo do
azeite e seus benefícios”.
“Para
além dos benefícios do azeite à saúde é sempre importante referenciar o impacto
positivo para o meio ambiente em termos de biodiversidade” acrescenta Bassi.
A oliveira
A
origem da oliveira perde-se no tempo, coincidindo e confundindo-se com a
expansão das civilizações mediterrânicas que durante séculos governaram o
destino da humanidade e deixaram a sua marca na cultura ocidental.
Resistente
à falta de água, entra em produção a partir do 4º ou 5º ano, após a plantação,
e produz em média de 40 a 60 Kg de azeitonas anos, que representa cerca de 6 a
10 litros de azeite.
O
azeite de oliva é o suco natural da azeitona. É predominantemente formado por
triglicéridos, glicerol e ácidos graxos, na sua maioria insaturados. Predomina
o ácido oleico (monoinsaturado) e em quantidades moderadas os ácidos linoleicos
e linolênicos. Em pequenas quantidades estão presentes ácidos graxos saturados.
A
outra fração do azeite é formada por componentes menores como são os tocoferóis
(nomeadamente o α-tocoferol percursor da vitamina E), polifenóis, esteróis
(β-sitosterol), hidrocarbonetos (esqualeno percursor da síntese de colesterol e
β-caroteno percursor da vitamina A), outras vitaminas, pigmentos (clorofilas,
carotenos), voláteis, etc.
O
processo do azeite começa com a colheita da azeitona das oliveiras (as
oliveiras têm preferência por um clima seco e quente, além de muita
luminosidade. Podem viver centenas de anos – ou até milênios);
Após
a colheita, as azeitonas são lavadas e vão para o processo de moagem. As
azeitonas são trituradas, formando uma pasta oleosa, dando início à extração do
azeite.
Em
processos físicos, sem solventes ou o uso de conservantes. Nos processos mais
antigos o azeite era feito em lagares com moinhos de pedra, atualmente existem
processos mais modernos de se extrair o azeite como o método de centrifugação,
que continua sendo um método de extração a frio.
Após
este processo, o azeite é classificado:
–
Azeite Extra virgem: Acidez ≤ 0,8
–
Azeite Virgem: Acidez ≤ 2,0
–
Azeite Tipo Único: Acidez: ≤ 1,0
Ainda,
existem outros fatores que interferem nas características dos azeites, como por
exemplo a variedade da oliveira; solo em que está plantada; irrigação; grau de
maturação da azeitona e saúde da mesma; forma da colheita; transporte das
azeitonas e seu armazenamento.
Benefícios à saúde
Diversos
estudos realizados comprovam que consumir cerca de duas colheres de sopa
diárias de azeite traz algumas vantagens ao corpo humano.
O
controle de colesterol é um dos benefícios que o consumo do azeite proporciona.
Por ser uma fonte gordura insaturada, o azeite de oliva é um forte aliado no
combate a problemas cardiovasculares, já que, além de reduzir o nível de
colesterol ruim, ele aumenta o colesterol bom (HDL), que ajuda a evitar o
infarto do miocárdio.
Outra
vantagem é a prevenção de diabetes, pois, além de reduzir o colesterol ruim, o
azeite de oliva auxilia no controle do nível de glicose e triglicéridos no
organismo, sendo um importante aliado na prevenção de diabetes. Contém,
inclusive, outros elementos (como o ômega-3) que pode inibirem o crescimento de
células cancerígenas e o ataque de radicais livres ao DNA, reduzindo possíveis
mutações celulares.
Ele
é também rico em vitaminas A, D, E e K, o que contribui para a prevenção de
doenças e faz dele um poderoso antioxidante e analgésico, além de estar
presente na dieta de quem deseja ficar mais forte de forma saudável, já que ele
auxilia no ganho de massa muscular por possuir uma alta densidade energética,
sendo também um importante aliado na perda de peso.
A
Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de
Oliveira – OLIVA foi fundada em 2001. Uma sociedade civil, sem fins lucrativos,
de âmbito nacional, congregando produtores, importadores, distribuidores,
comerciantes e entidades interessadas no desenvolvimento da categoria no
Brasil.
Está
associada ao COI – Conselho Oleícola Internacional, órgão subordinado à
Organização das Nações Unidas – ONU. Fundado em 1956 e sediado em Madrid, na
Espanha, está encarregado de gerir o Convênio Internacional de Azeite de Oliva,
onde são formuladas as grandes linhas de ação destinadas à manutenção e
desenvolvimento da oleicultura mundial, além de medidas normativas para
preservar a autenticidade do produto. In “Mundo Lusíada” - Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário