Jorge Neto Valente é candidato único à presidência da Associação dos Advogados de Macau num acto eleitoral que acontecerá em Dezembro. Embora esta seja uma lista de continuidade, o actual presidente garante que há também “algum rejuvenescimento”. Questionado sobre os objectivos para o próximo ano, o causídico diz haver a necessidade de concretizar planos que tinham sido delineados para 2020 e que sofreram com o impacto da COVID-19
A
Associação dos Advogados de Macau (AAM) vai ter eleições numa data a definir,
mas que será entre os dias 1 e 15 de Dezembro, com apenas uma lista candidata,
presidida por Jorge Neto Valente. “Estivemos a ver se aparecia alguma lista e
infelizmente não apareceu mais nenhuma. Ao mesmo tempo, tive muitos colegas,
chineses sobretudo, a sugerir que ainda não era altura de ir embora”, explicou
em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.
A
lista apresentada espelha “bastante continuidade” mas também inclui “algum
rejuvenescimento”. Na assembleia geral mantém-se Philip Xavier e entram Leong
Weng Pun e Catarina Guerra Gonçalves.
O
Conselho Fiscal continua a contar com Rui Cunha, Diamantino Ferreira e
Francisco Leitão. Na direcção mantém-se Jorge Neto Valente como presidente,
porém, Lei Kam Iut ocupará agora o cargo de secretária-geral. A direcção inclui
ainda Álvaro Rodrigues, Regina Ng, Luís Cavaleiro Ferreira, Vong Pou Lai e
Helena Kok.
Outro
aspecto que Neto Valente considera “muito importante” é o rejuvenescimento do
Conselho Superior de Advocacia, órgão responsável pela disciplina que a cada
dois mandatos obriga a uma mudança. Frederico Rato preside o órgão até ao final
do ano, porém, depois o Conselho Superior de Advocacia integrará Paulino
Comandante, Manuel Leong Man, Mónica Neves Augusto, Carlos Santos Ferreira,
Fong Mei Lin, José Costa Álvares, Júlia Herold, Bernardo Paiva Morão, Kuok Weng
Mui, Sou Kin Fong, Celina Ling Lee e Cheng Ka Man.
Questionado
sobre os objectivos para o próximo mandato, Jorge Neto Valente frisou que “este
foi um ano perdido”. “Tínhamos um programa muito bom, cheio de realizações e
tudo exequível, mas infelizmente não pudemos fazer nada, portanto o programa
para o próximo ano é a parte que não se fez neste”.
De
qualquer forma, ressalva, foram feitas muitas coisas que não exigiam reuniões,
focadas sobretudo na arbitragem. “Fizemos a actualização dos estatutos do
centro de arbitragem da associação à nova lei da arbitragem, o regulamento do
processo arbitral, o regulamento do árbitro de emergência, a aprovação do
código deontológico da arbitragem e um manual de procedimentos para os exames”,
explicou. Além disso, foi apresentado ao Executivo o plano trienal.
Jorge
Neto Valente antecipa algumas dificuldades nomeadamente em termos de exames de
admissão dado que se inscreveram 144 pessoas, o que “vai dar muito trabalho”.
“Depois é a dinamização do Conselho Superior da Advocacia, também dinamizar o
centro de mediação e conciliação que não tem a ver com a arbitragem, fazer um
seminário que não se fez e mais umas iniciativas no programa da Grande Baía e
Uma Faixa, Uma Rota”.
Outra
aposta é o melhoramento do “sítio” da AAM. “Com essa página nova, podemos
prosseguir no caminho da automatização de tarefas. Temos de nos adaptar a isso,
prosseguir nesse caminho”, defendeu Neto Valente. Inês Almeida – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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