Centenas de timorenses provocaram o caos no serviço de registos e notariado do Ministério da Justiça em Díli, Timor-Leste, para tentarem fazer o passaporte electrónico, cuja emissão estava suspensa por falta de cadernetas. Depois de a Direcção-Geral dos Serviços de Registo e Notariado do Ministério da Justiça timorense ter anunciado que abria o atendimento ao público para a emissão de passaportes, centenas de timorenses dirigiram-se aquele serviço para tentar fazer o seu passaporte.
Timor-Leste
esteve sem cadernetas para emitir o passaporte electrónico devido a
“dificuldades processuais” e a um aumento de procura “acima da média e do
esperado”, provocando uma rutura do ‘stock’, segundo o executivo.
O
Governo timorense explicou, em comunicado divulgado em outubro, que a
estimativa de impressão anual de passaportes eletrónicos é de 20000 e que em
2015 foi celebrado um fornecimento de 150 mil unidades de cadernetas, que foram
entregues entre 2016 e 2019. “Entretanto, em finais de 2022, após a reabertura
dos aeroportos depois da covid-19, houve um aumento de solicitações de emissão
de passaportes acima da média e do esperado, causando a sua rutura”, explicou o
Governo.
Em
2022, segundo o Governo, foi iniciado um novo processo para aquisição de
cadernetas que foi “inviabilizado por dificuldades processuais”, acontecendo o
mesmo no início deste ano.
Para
solucionar o problema, o Governo timorense aprovou a compra de mais de 73 mil
cadernetas que foram chegando ao país de forma faseada.
Em
declarações à agência de notícias timorense Tatoli, o diretor-geral dos
Serviços de Registo e Notariado, João Borges, explicou que numa primeira fase
foram atribuídos os pedidos urgentes de passaportes e que se iniciava o
atendimento ao público em geral. João Borges explicou também que aquela
direção-geral vai atender diariamente 140 pessoas, nomeadamente 50 homens, 50
mulheres, 15 idosos, 10 pessoas com necessidades especiais e 15 crianças. In “Ponto
Final” – Macau com “Tatoli”
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