A Fundação Fernando Leite Couto inaugurou, esta quarta-feira, a exposição colectiva intitulada “Daqui e dali”, juntando os artistas plásticos, António Mucavele, Bruno Chichava, Miguel Levy, Nhongwene e Simbraz.
Na
nota de imprensa da Fundação Fernando Leite Couto, lê-se que os cinco artistas
se reúnem na exposição para levantar reflexões sobre o contexto social
moçambicano em diferentes perspectivas. Todos eles, de diferentes passados e
presentes, até divergentes nos anos de experiência e de vida, têm como factor
de interesse os desencontros ou as discordâncias entre as cenas representadas.
A
temática escolhida, de acordo com a curadora Yolanda Couto, embora abordada em
diferentes vertentes quer na técnica utilizada quer ainda na forma de
interpretação pessoal é, contudo, nesta exposição a sociedade em geral numa
uni-multiplicidade de aspectos daqui e dali. Por isso o título escolhido que
procura conferir a liberdade de interpretação que nos desafia nesta mostra
eclética, mas também a maturidade do que persegue cada um dos artistas,
enquanto narrativa e estilo.
António
Mucavele (n.1997) apresenta um trabalho curioso de aplicação de técnicas mistas
e materiais para a construção das suas esculturas. Utilizando o carvão vegetal
como “matéria-prima”, as suas esculturas ganham formas que representam
verdadeiras personagens em plena acção.
Bruno
Chichava (n.1990), conhecido pelas paredes transformadas em telas, suas obras
gravitam numa combinação de cores e símbolos que nos remetem para as relações
com o imaginário, mas com a natureza em diálogo com uma África mítica.
Miguel
Levy (n. 1957, Portugal) é tem no pincel as texturas da cidade, do dia-a-dia
das pessoas nos passeios, nas ruas e até na sua intimidade. Na sua pintura
destacam-se personagens que se aproximam de imediato das nossas curtas memórias
e relações com espaços e personagens.
Nhongwene
(n.1978) as suas obras fazem uma introspecção sobre o sujeito artístico, os
dilemas e meditações do interior que se socorrem da inspiração artística para
representar “retratos” ou figuras anónimas, mas que deambulam na mente e na
alma do artista.
Simbraz
(n.1992) apresenta as cores e as gentes quase como elas são, cabe a nós
conferir-lhes narrativas. Fica o desafio, diante da inspiração e do talento
artístico. In “O País” - Moçambique
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