O presidente da Associação de Arquitectos Timorenses, Valeriano da Silva, defendeu ontem que o património edificado por Portugal em Timor-Leste deve ser preservado e renovado para voltar a ser utilizado em benefício das comunidades
O
presidente da Associação de Arquitectos Timorenses, Valeriano da Silva,
defendeu ontem que o património edificado por Portugal em Timor-Leste deve ser
preservado e renovado para voltar a ser utilizado em benefício das comunidades.
“Falando
na perspetiva dos arquitectos timorenses, diria que o património edificado
pelos portugueses faz parte da história de Timor-Leste. Acho que é importante
tanto para o Governo, como para os arquitectos timorenses, preservar e renovar
esses edifícios”, afirmou o arquitecto Valeriano da Silva.
O
presidente da Associação dos Arquitectos Timorenses falava à Lusa no âmbito do
seminário “Arquitectura como Património: Valor Cultural e Económico”, realizado
no Centro Cultural Português em Díli e organizado pelo Camões – Instituto da
Cooperação e da Língua.
Para
o arquitecto timorense, os edifícios têm um significado “cultural e histórico
para as comunidades locais”. “Aqueles edifícios representam a história e a
entidade das pessoas. Acho que é importante os arquitectos preservarem os
edifícios, mas outra coisa a considerar e é o tema da conferência, é torná-los
sustentáveis”, salientou.
Apesar
de ser mais “ecológico” renovar do que construir edifícios novos, o arquitecto
considerou que também é importante serem utilizados.
Para
Valeriano da Silva, é “muito importante preservar”, mas também é importante dar
aos edifícios recuperados uma nova utilidade, “especialmente para o benefício
económico das comunidades e do país”.
Presente
no seminário esteve também a arquitecta portuguesa Leonor Picão, responsável
pelo programa Revive, do Turismo de Portugal, que tem como principal objectivo
a recuperação de imóveis públicos através de investimentos privados,
tornando-os aptos para actividades económicas.
“O
programa Revive é um programa de reabilitação arquitectónica que tem tido muito
sucesso em Portugal. Já com mais de 130 milhões de euros de investimento em
património público de interesse quer arquitectónico, quer histórico, quer
cultural”, disse à Lusa a arquitecta.
O
programa tem sido partilhado com vários países europeus, mas também com países
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, nomeadamente Moçambique, São
Tomé e Príncipe, Brasil e Angola, acrescentou. “Temos partilhado este projeto
com vários países, mas com os países de língua portuguesa temos o maior carinho
por conseguir ver também o Revive a acontecer nesses territórios”, disse. In “Ponto
Final” – Macau com “Lusa”
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