Macau anunciou ontem um programa para captar “quadros altamente qualificados” e “profissionais de nível avançado” em áreas como a tradução chinês-português e o ensino em língua portuguesa
As
autoridades do território anunciaram um programa para captar “quadros altamente
qualificados” e “profissionais de nível avançado” em áreas como a tradução
chinês-português e o ensino em língua portuguesa.
O
programa, que vai entrar em vigor esta terça-feira, tem como objectivo atrair
especialistas para desempenhar “funções especializadas que correspondem às
profissões com escassez de recursos humanos” na região chinesa, de acordo com
um despacho do Chefe do Executivo, publicado em Boletim Oficial.
Estes
especialistas incluem pessoal docente do ensino não superior em língua veicular
portuguesa, do ensino infantil e especial até ao secundário, além de tradutores
e intérpretes da área jurídica em chinês-português e especialistas em tradução
e interpretação tradutores e intérpretes entre chinês ou português e línguas
como espanhol, mongol, árabe, vietnamita, indonésio, birmanês, tailandês ou
coreano, indicou.
No
despacho, Ho Iat Seng defendeu que estes especialistas são “necessários à
diversificação adequada da economia” da região administrativa especial chinesa,
altamente dependente do turismo e dos casinos.
O
programa aponta para o desenvolvimento de áreas como a gestão culinária, o
restauro de construções históricas, a conservação digital do património
cultural, a formação desportiva e o lançamento de “projectos internacionais em
matéria cultural, desportiva e recreativa”.
Os
candidatos ao programa têm de possuir pelo menos uma licenciatura, nomeadamente
em tradução e interpretação ou em português, 21 anos ou mais e obter pelo menos
200 pontos numa lista de critérios que inclui a experiência profissional e as
competências linguísticas. Mesmo um candidato numa outra área pode obter até 10
pontos se “possuir boa capacidade de expressão em qualquer das línguas chinesa,
portuguesa ou inglesa”, de acordo com os critérios do programa.
Este
programa surge no âmbito de uma lei, que entrou em vigor a 1 de Julho, e que
procura captar para Macau quadros qualificados, entre eles prémios Nobel,
nomeadamente com benefícios fiscais.
Os
quadros qualificados poderão gozar de isenção do imposto do selo sobre a
transmissão de bens ou sobre aquisição de bens imóveis destinado ao exercício
de atividade própria, assim como isenção da contribuição predial urbana.
Além
disso, terão isenção do pagamento do imposto complementar de rendimentos, assim
como benefícios para efeitos do imposto profissional, caso sejam contratados
por empresas locais. Os primeiros programas a serem implementados no âmbito
desta lei pretendiam captar peritos no sector financeiro ou em tecnologia de
ponta. In “Ponto Final” - Macau
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