Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Portugal - Moçambicanos queixam-se de racismo

Há moçambicanos em Portugal a queixarem-se de actos racistas e agressões naquele país europeu. Uma das vítimas diz ter sido agredida e impedida de entrar num estabelecimento, só por ser negro.


Aires Chichava é um dos moçambicanos residente em Portugal e ainda apresenta marcas no seu rosto, após passar por agressões físicas, por parte de algumas pessoas que o discriminaram por ser negro.

Além disso, “fiquei banhado de sangue, tenho imensas dificuldades em me alimentar com coisas sólidas, os meus dentes de frente foram todos abalados e tudo que consumo tenho que cortar para poder mastigar”.

O caso do estudante de Engenharia informática, que frequenta o segundo ano em Lisboa, terá ocorrido a 04 de Agosto quando, na companhia do seu amigo, foi negada a entrada num estabelecimento de diversão, supostamente por serem negros, o que gerou confusão.

“Estavam a permitir a entrada de pessoas brancas e de nós, que somos negros, não. Depois, partiram para a violência e nós ficamos surpreendidos ao ver que outras pessoas podiam entrar e nós não. Percebemos logo que se tratava de um acto de racismo”, acrescentou Chichava.

Por concluir se tratar de racismo, em conversa com a nossa equipa de reportagem, Aires Chichava disse estar indignado e pediu justiça.

“Nós protestamos contra o acto de racismo. Nunca tinha estado numa situação similar, tanto é que foi traumático”.

O caso de Aires não é o único. As filhas menores de Alorna Langa também se viram vítimas de actos racistas na escola.

“As minhas filhas foram chamadas de pretas e de moçambicanas desgraçadas pelo mesmo colega. Ainda não consigo exprimir em palavras aquilo que eu sinto porque eu vejo que um pouco da inocência das minhas filhas foi tirada com esta atitude”, explicou.

Sobre o assunto, a embaixada de Moçambique em Portugal diz não ter sido informada, daí que só se vai pronunciar depois de os casos chegarem formalmente à instituição para acompanhamento. Nélia Mboane – Moçambique in “O País”


Sem comentários:

Enviar um comentário