Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Exposição no Superior Tribunal de Justiça celebra relação entre a Universidade de Coimbra e a Independência do Brasil

O Espaço Cultural no Superior Tribunal de Justiça (STJ) inaugurou, nesta terça-feira (13), a exposição A Universidade de Coimbra e a Independência do Brasil. Inicialmente concebida para homenagear o bicentenário da Independência, a mostra revela curiosidades sobre os primeiros estudantes brasileiros que frequentaram a tradicional instituição de ensino portuguesa e detalha como ela contribuiu para a formação do Brasil como nação.


Abrindo o evento, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, destacou que a exposição presta homenagem ao passado, mas vai além ao propor um debate sobre o papel fundamental do conhecimento para o desenvolvimento do Brasil.

“Ao adentrar esse espaço, incentivamos que reflitam sobre o profundo elo entre a Universidade de Coimbra e o Brasil. Agradecemos à presença de todos, e se navegar é preciso, sintam-se convidados a um mergulho na nossa comum história”, declarou o ministro.

Ao lado da presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, autoridades portuguesas que contribuíram para o lançamento da mostra enalteceram o papel da Universidade de Coimbra na construção da relação entre Brasil e Portugal.

O embaixador de Portugal no Brasil, Luís Felipe Faro Ramos, lembrou que é grande a presença de estudantes brasileiros em Coimbra atualmente – só em 2023, a instituição recebeu mais 200. “Os brasileiros entenderam as ligações entre nossos países. É uma relação forte que tende a ficar ainda mais forte com essa exposição”, projetou.

Primeiro aluno brasileiro frequentou a universidade entre 1574 e 1586

Ao todo, a mostra apresenta 38 documentos e livros históricos, entre originais e reproduções, pertencentes ao acervo da universidade portuguesa. Um dos itens em destaque é a matrícula do primeiro estudante brasileiro, o pernambucano Manuel de Paiva Cabral, que frequentou o curso de leis entre 1574 e 1586.

De acordo com João Nuno Calvão da Silva, vice-reitor para as relações externas da Universidade de Coimbra, os documentos demonstram ainda como a instituição contribuiu para a manutenção da unidade do território brasileiro ao longo dos séculos. Isso teria sido possível pois muitos integrantes das elites das capitanias da antiga colônia estudaram na Universidade de Coimbra, a única em funcionamento em Portugal até 1911.

“A exposição mostra como a Universidade de Coimbra moldou o destino e a história do Brasil. É possível entender como ele se tornou um país único, diferentemente da América Espanhola, que se dividiu em 18 países. Mais do que se sentirem cariocas ou baianos, eles se sentiam de Coimbra”, refletiu o representante da instituição.

Exposição pode ser vista até o dia 11 de outubro

Além da presidente e do vice-presidente do STJ, estiveram presentes na abertura da exposição a ministra Regina Helena Costa e os ministros Herman Benjamin, Marco Buzzi, Moura Ribeiro e Reynaldo Soares da Fonseca. Também prestigiaram o evento, entre outras autoridades, a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge; o embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, e o diretor da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, José Manuel Diogo.

A exposição A Universidade de Coimbra e a Independência do Brasil pode ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, até o dia 11 de outubro. O Espaço Cultural STJ está localizado na sede do tribunal, no mezanino do Edifício dos Plenários, em Brasília. In “Mundo Lusíada” - Brasil


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