O grupo coral dos Dóci Papiaçám di Macau vai actuar a 8 e 10 de Outubro em Lisboa, a convite da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. O coro interpretará cerca de uma dezena de temas, quase todos em patuá. Apenas um é uma adaptação do clássico da Amália Rodrigues, “Lisboa Antiga”, da autoria do poeta macaense Adé, na qual “será feito um arranjo”, segundo referiu ao Jornal Tribuna de Macau Miguel de Senna Fernandes. Está também prevista uma actuação na Casa de Macau em Portugal
Cerca
de uma dezena de composições em patuá farão parte do repertório do Coro do Dóci
Papiaçám di Macau numa deslocação a Portugal, a convite da Secretaria de Estado
das Comunidades Portuguesas. O grupo será integrado por 14 elementos, 12
cantores, um regente e um técnico.
A
actuação oficial do coro irá processar-se em duas sessões. A primeira, no dia 8
de Outubro, acontecerá no Palácio de São Bento, edifício-sede da Assembleia da
República Portuguesa, e a segunda, a 10, no Paço Municipal de Lisboa, por
ocasião do encerramento do Plenário das Comunidades portuguesas.
Para
além destes dois dias, o Coro dos Dóci Papiaçám di Macau deverá igualmente,
ainda que a nível particular, exibir-se na Casa de Macau em Lisboa no dia 9.
“Estamos a combinar com eles para podermos fazer lá uma sessão, aproveitando
assim a nossa presença na capital portuguesa e assim conviver e cantar na Casa
de Macau”, disse ao Jornal Tribuna de Macau Miguel de Senna Fernandes, ao
comentar uma notícia divulgada pela TDM.
No
repertório do coro para esta deslocação, vão ser cantadas, pela primeira vez,
cerca de 10 trechos, dois deles com letra do poeta macaense José dos Santos
Ferreira, conhecido por Adé, falecido em 1993. Uma dessas interpretações é
“Lisboa Antiga”, de Amália Rodrigues, que Adé compôs em patuá.
“Vamos
fazer um arranjo e, portanto, será uma canção em português e patuá”, referiu o
responsável pelo grupo de teatro Dóci Papiaçám di Macau, que fará também parte
dos elementos que cantam, já que a regência caberá a José Basto da Silva.
O
grupo tem habitualmente 20 elementos – foi esse o número da última actuação, no
Natal de 2023 – mas Miguel de Senna Fernandes lamenta que nem todos possam
integrar a comitiva nesta viagem a Lisboa. “Tenho pena de deixar algumas
pessoas de fora, sem desprimor por ninguém, mas isso só acontece por limitações
de orçamento da parte da organização”, explicou.
O
Coro dos Dóci Papiaçám di Macau regressa assim a Lisboa 25 anos depois de ali
ter actuado. “Foi em 1999 e por isso deixa-me satisfeito este convite para
voltarmos a Portugal com o coro”, salientou Miguel de Senna Fernandes. Vítor
Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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