A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sedia, de 23 a 25 de outubro, o 5º Congresso Internacional de Literaturas e Culturas Africanas – Griots, em formato presencial.
O
evento também ocorre simultaneamente, de forma virtual, em Moçambique,
Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal. Os ouvintes
podem se inscrever até 23 de outubro.
O
evento, que teve sua primeira edição em 25 de maio de 2009, inicialmente focava
nas pesquisas de estudiosos nordestinos em literatura africana e
afro-brasileira. Nesta edição, o foco é promover mesas-conferências; grupos de
trabalho, performances teatrais e musicais e abrir discussões sobre amor e
afetos em tempos de desigualdades, guerras, antirracismo, epidemias, injustiças
e justiça climática. O Griots é organizado pelas professoras da UFRN Tânia Lima
e Izabel Nascimento.
Em
2024, o congresso homenageará o escritor piauiense Élio Ferreira e a escritora
potiguar Inaldete Pinheiro. Além disso, traz uma programação literária da
África e do Brasil para debater poesia, literatura e os desafios da tradição e
modernidade dentro da cultura contemporânea.
“O
Griots, em sintonia com a geopolítica do mundo atual, compreende a necessidade
da expansão de consciência para compreender e as situações fácticas em que
vivemos, situações essas que requerem mudança não apenas de percepção, mas de
valores, uma vez que envolve a fundação de uma ética em meio a grave crise do
capitalismo e seus correlacionados. De velhos chavões e projetos decrépitos o
presente está cheio. Tudo parece produzido em larga escala só para a eterna
manutenção do mesmo. Os projetos de salvação e renovação caducaram na
possibilidade de apresentar soluções para o contemporâneo e seus dilemas.
Estamos mais e mais saturados de propostas reluzentes, ornamentadas de soluções
fáceis e rápidas, e que adornam os discursos eloquentes do mass media
que tudo devora. Neste tipo de realidade o que é saudável no mundo se apresenta
como modelo ecossistêmico em equilíbrio dinâmico de preservação, o que é
destruição amplia as desigualdades sociais e oportuniza o surgimento de velhas
epidemias, novas pandemias, medo, pânico, doenças físicas, psíquicas,
ambientais” defende a organização. In “Mundo Lusíada” - Brasil
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