Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em Nampula, diz ser urgente a mobilização de parceiros para a alocação de tendas à vila de Namapa, sede distrital de Eráti.
O
objectivo é que os alunos deslocados devido ao terrorismo, em Cabo Delgado,
possam regressar às aulas, escreve o sítio da Rádio Moçambique.
Neste
momento na vila de Namapa, pelo menos seis escolas primárias uma secundária e
um internato, estão a funcionar como centros transitório dos deslocados do
vizinho distrito de Chiúre, em Cabo Delgado que fogem às ameaças terroristas.
Segundo
o coordenador provincial do UNICEF em Nampula, Baissane Juaia, o mais
preocupante prende-se pelo facto de 60% dos cerca de 33 mil deslocados serem
crianças em idade escolar.
Falando
à Rádio Moçambique na vila de Namapa o coordenador Juaia disse que o UNICEF
está a trabalhar junto de parceiros para a alocação de tendas para o
funcionamento de salas provisórios.
Terça-feira,
depois da Sessão do Conselho de Ministros, o Governo assegurou que as pessoas
já estão a receber kits de alimentação e higiene e que a situação humanitária
ainda não justifica a decretação de Estado de Emergência. O Executivo anunciou
que a nova onda de ataques já levou à deslocação de mais de 60 mil pessoas.
“Nesta
altura, nós falamos 67 321 deslocados, o que corresponde a 14 200 famílias que
são consideradas como chegadas à província de Nampula e outros sítios tidos
como mais seguros para os deslocados dentro da própria província de Cabo
Delgado”, avança, Filimão Suazi, porta-voz do Conselho de Ministros,
acrescentando que “estão num centro provisório de emergência no distrito de
Eráti (província de Nampula) e está a ser feito todo um trabalho para que, nas
escolas em que as pessoas se foram refugiar ou nas casas de familiares em que
as pessoas estão, sejam melhoradas as condições de alojamento”, disse o
porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze.
No
entanto, o Executivo já avança que se assiste, também, a um movimento de
retorno da população recentemente deslocada às suas zonas de origem, conforme a
melhoria das condições de segurança nas aldeias e postos administrativos onde
foram registadas incursões terroristas nos últimos dias. In “O País”
- Moçambique
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