O secretariado executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desafiou os Estados lusófonos a apostarem na digitalização da educação para proporcionar aos estudantes ferramentas adequadas aos desafios atuais.
O
desafio foi lançado pelo representante do secretário executivo da CPLP, na
abertura da 14ª reunião técnica dos pontos focais da Educação da comunidade
lusófona, que arrancou hoje em São Tomé e Príncipe, país que detém a
presidência pro tempore da CPLP.
João
Ima-Panzo referiu que a reunião “inaugura um ciclo no setor da educação” com
realizações que serão concretizadas no arquipélago e em todo o espaço da CPLP e
para isso assegurou a disponibilidade de todos os Estados para “cooperar no que
for necessário para a concretização do plano estratégico de cooperação
multilateral neste domínio”.
O
representante do secretário executivo da CPLP deixou o desafio para se refletir
na digitalização da educação”, sublinhando que “o mundo avança numa velocidade
estonteante, bastante vertiginosa e a educação está voltada para o futuro” que
“deve captar para o seu seio as tendências sociais para a vida em sociedade no
futuro, para a profissionalização no futuro”.
“Hoje
cada vez mais a digitalização é requerida não só no sentido da organização
escolar, mas é também uma necessidade imperiosa no sentido de tomá-la como um
objetivo pedagógico nas nossas escolas: educar para a digitalização, de modo
que os nossos estudantes tenham as ferramentas necessárias a altura dos
desafios do seu tempo”, precisou João Ima-Panzo.
O
representante do secretariado executivo sublinhou que “a educação no quadro da
cooperação multilateral da CPLP é o espaço social no qual se faz desabrochar o
desenvolvimento do capital humano, pressupondo que nela as pessoas atinjam o
seu pleno potencial e contribuam para o crescimento dos povos e o
desenvolvimento social, econômico e ambiental”.
Destacou
o plano estratégico de cooperação multilateral em educação da CPLP para o
período 2022-2026 e o plano de ação 2022 a 2024 que forneceu “instrumentos
importantes para a realização da cooperação no domínico da educação”,
registando progressos, nomeadamente com “o lançamento do projeto piloto das
escolas amigas da CPLP” para contribuir na promoção da língua portuguesa e os
valores da paz e da democracia que norteiam a organização.
Apontou
ainda a implementação de iniciativas como o primeiro exercício de inspeção em
educação, bem como avanços na produção de estatística em educação na CPLP, que
vem cobrir a “grande dificuldade” relativa a “existência de dados
sistematizados sobre as diferentes áreas”.
A
ministra da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe acrescentou que
outras ações “estão a ser materializadas” para reinventar “novos caminhos e
soluções” nos sistemas educativos da CPLP.
“Afirmamos
aqui o nosso compromisso de continuarmos empenhados em dar continuidade à
dinâmica que a CPLP/Educação conheceu na presidência angolana, reforçando os
eixos como ensino técnico e profissionalizante, educação especial, alimentação,
nutrição e saúde escolar, norteados pelos documentos orientadores e pelas ações
concertadas e integradas”, disse Isabel D’Abreu.
A
governante são-tomense sublinhou que a educação é a área mais impactante,
transformadora e segura e de frutos duradouros” que tem uma importância
inquestionável “como suporte do desenvolvimento econômico, social e cultural,
de luta contra a pobreza e a exclusão social”.
São
Tomé e Príncipe assumiu a presidência rotativa da CPLP em setembro do ano
passado com o lema Juventude e Sustentabilidade.
Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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