Vamos
aprender português, cantando
Tentei resolver mas
dificultou,
tornou-se impossível
porque já se passou.
eu disse a toda a gente
que este dia nunca nunca viria,
mas meramente não se
confirmou,
contava a toda a gente que
nem estrias nem borbulhas havia
na pele em que esta ferida
se instalou.
A mão que fica sem polegar
não se agarra
fica impossível de agarrar
seja o que for.
E em todo o seu esplendor,
chega insuflada, pelo céu
traz a chuvada,
ninguém escapa à sombra
escura desta nuvem,
Nuvem negra,
nuvem carregada,
emancipada, aparecida p’la
calada.
Nuvem negra, mãe desta
chuvada,
nascida a meio do Verão.
Resta saber o que acontece
agora,
qual dos nossos sonhos vai
ficar de fora?
Foi posto um prato à mesa
a mais, e mais comida fervia,
onde eras tu ninguém se
vem sentar,
e é com toda a franqueza
que, até ver chegar a clara do dia,
o plano é só sorrir e
acenar.
A mão que fica sem polegar
não se agarra
fica impossível de agarrar
seja o que for.
E com todo o seu vigor,
fica prostrada até bater
esta pancada
ninguém escapa à sombra
escura desta nuvem,
Nuvem negra,
nuvem carregada,
emancipada, aparecida p’la
calada.
Nuvem negra, mãe desta
chuvada,
que ao ir embora quase que
levavas outro irmão.
É p’ra melhor se mal aqui
tu estavas,
não há melhor razão p’ra
querer partir,
vais à procura do que mais
amavas,
mas ficas perto, não nos
vamos despedir.
É p’ra melhor se mal aqui
tu estavas,
não há melhor razão p’ra
querer partir,
vais à procura do que mais
amavas,
mas ficas perto, não nos
vamos despedir.
É p’ra melhor se mal aqui
tu estavas,
não há melhor razão p’ra
querer partir,
vais à procura do que mais
amavas,
mas fica esperto, não nos
vamos despedir.
Capitão Fausto – Portugal
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