A luta contra o cancro do colo do útero ganhou mais um grande impulso. A cooperação portuguesa reabilitou o laboratório de citologia ginecológica, agora com capacidade para fazer o rastreio da doença para toda a população alvo.
O
laboratório de citologia ginecológica foi equipado com novos materiais e
pessoal técnico foi formado na escola superior de tecnologias da saúde de
Lisboa, e no Instituto de Oncologia também de Lisboa.
Lucília
Gonçalves, especialista portuguesa em anatomia patológica, explicou qual é o
público-alvo da doença. «É um cancro que está presente em mulheres que têm uma
vida sexual activa. É um vírus que causa o cancro e que está associado à
actividade sexual».
As
mulheres em idade fértil vão ser sensibilizadas a participar no rastreio do
cancro do colo do útero. Uma doença que
segundo a médica em anatomia patológica tem grande incidência no continente
africano.
«É
um cancro de mulheres jovens. Em África é um cancro que tem uma grande
incidência muito prevalente, e tem uma grande taxa de mortalidade, que pode ser
evitável», reforçou Lucília Gonçalves.
Cristina
Moniz, embaixadora de Portugal destacou a importância de o país ter um
laboratório modernizado. «O novo laboratório contribuirá certamente para o
diagnóstico precoce do cancro do colo do útero, para capacidade atempada de
resposta dos serviços de cuidados de saúde, e para a melhoria da qualidade de
vida das famílias e das mulheres santomenses», pontuou a embaixadora de
Portugal.
A
melhoria da saúde materna, é a meta do governo santomense. Ângela Costa,
ministra da saúde, recordou que muitas mulheres santomenses perderam a vida por
causa do cancro do colo do útero. Uma doença que pode ser prevenida e
controlada.
«Vai
nos ajudar a diminuir o número de evacuação médica para Portugal que é um peso
muito grande para o nosso sistema de saúde. Já tivemos muitas mulheres que
faleceram por causa do cancro do colo do útero», concluiu. Abel Veiga – São Tomé
e Príncipe in “Téla Nón”
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