Começa este fim-de-semana o ciclo de concertos “Património Cultural de Macau” 2021 em que os músicos da Casa de Portugal em Macau vão tocar canções de álbuns como “Tributo a Macau” ou “Oito”, entre outros. Com entrada livre, os espectáculos acontecem na biblioteca Sir Robert Ho Tung, Casa Garden e Casa do Mandarim
Celebrar
alguns locais emblemáticos do património de Macau é aquilo que propõe a Casa de
Portugal em Macau (CPM) com três concertos que acontecem este fim-de-semana. Na
sexta-feira, dia 19, tem lugar o primeiro, na biblioteca Sir Robert Ho Tung,
junto ao teatro D. Pedro V, dedicado aos poemas de Fernando Pessoa musicados
pela banda Sunny Side Up, que deram origem ao disco “Pessoa”, lançado em 2015.
Na
altura os Sunny Side Up eram compostos pelos músicos Tomás Ramos de Deus,
Miguel Andrade e Filipe Fontenelle, mas a banda foi, entretanto, extinta, até
porque Filipe Fontenelle já não se encontra no território.
Na
altura, este explicou ao HM como surgiu este projecto. “Na sequência do
primeiro disco que fizemos, ‘Tributo a Macau’, esta foi uma proposta que a
gente quis fazer aproveitando a data que ia ser assinalada este ano, dos 80
anos da morte de Fernando Pessoa. Aproveitamos para fazer uma escolha de poemas
que gostássemos e fizemos um disco com dez poemas, todos compostos pela banda.”
“Pessoa”
tem músicas em português e chinês, sendo que a versão traduzida foi feita com
base em livros cedidos pelo Instituto Cultural (IC) e com o trabalho do
departamento de Português da Universidade de Macau.
No
sábado, dia 20, o ciclo de concertos prossegue com o espectáculo “Tributo a
Macau”, na Casa Garden, às 17h. Ao HM, Tomás Ramos de Deus explicou que este
concerto é dedicado ao segundo disco que a banda gravou com o mesmo nome. Este
“Tributo a Macau” foi gravado em 2019 e não é mais do que uma homenagem a Macau
e aos 20 anos da transferência de soberania do território. Cada poema escrito
para o álbum é acompanhado de uma ilustração.
No
domingo, dia 21, a música acontece para os lados da Casa do Mandarim, às 16h,
com o espectáculo “Poesia chinesa cantada em português”, onde serão tocadas
novamente as músicas do disco “Oito”, apresentado em 2017.
“Neste
disco são só poemas de poetas chineses que foram traduzidos para português e
que musicamos. O disco tem uma componente musical muito mais oriental porque
trabalhamos com instrumentos chineses e temos mesmo músicos chineses a
trabalhar connosco. Neste concerto não vamos conseguir trazer os músicos
chineses devido a várias condicionantes, nomeadamente por causa da pandemia mas
vamos tocar as mesmas músicas”, adiantou Tomás Ramos de Deus.
Uma
vez que este espectáculo acontece na Casa do Mandarim, o grupo decidiu incluir
também duas músicas compostas para o disco “Tributo a Macau” por Carlos André,
ex-director do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto
Politécnico de Macau, intituladas “Casa do Mandarim” e “Casa do Lilau”.
“Pensámos em tornar o concerto mais longo e incluir essas duas músicas porque
têm a ver com o local”, disse Tomás Ramos de Deus. In “Hoje
Macau” - Macau
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