Bissau
– O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde disse que
voltou de espírito aberto, pretendendo contribuir para, em conjunto, se
construir um espaço de entendimento para relançar o país.
O avião que transportou o líder do PAIGC e a sua esposa aterrou no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, às 13h 13 minutos, hora local.
Na
sua primeira declaração à imprensa, algumas horas após a sua chegada ao país e
na sede do PAIGC, disse estar
profundamente chocado e que é importante dizer aos guineenses, que não são as forças policiais que
regulam a vida dos guineenses mas sim as
normas, e que as forças policiais ao exigir o cumprimento da lei têm que dizer
de que lei se trata.
Criticou
que há uso indiscriminado e completamente desproporcional da força policial que
diz ser “absolutamente gratuita”.
“Nós
estamos num país, numa sociedade em que todos, enquanto cidadãos, temos
direitos e esses direitos têm que ser observados e respeitados”, disse.
Domingos
Simões Pereira disse que está profundamente atingido, porque testemunhou, de
forma directa, a agressão de um jornalista, um cidadão, um irmão deste país,
como se tratasse de um animal, situação que diz não poder tolerar.
“Se
o povo guineense aceitar isso, é porque está-se a escrever uma página negra da
história guineense”, referiu e diz que não vai fazer parte dessa história,
enquanto líder de um partido histórico.
Simões
Pereira regressou depois de estar ausente no estrangeiro durante um ano.
Explicou
que atrasou o seu regresso por três razões: “a primeira tem a ver com a questão
da pandemia, entendi que não era
necessário regressar e de submeter às mesmas restrições, o segundo, entendo que era preciso trabalhar e o
terceiro é porque naquela altura, o meu regresso podia não contribuir para a
estabilidade e paz no país”.
“Por
não querer interferir no trabalho do Supremo Tribunal de Justiça que estava a
dirimir um contencioso eleitoral, quis aguardar que esta instância decidisse em
liberdade e isso deu a oportunidade de testemunhar, à distância, as
interferências que houve para se decidir a favor de um candidato",
acrescentou.
O
líder do PAIGC disse que, considerado que todas essas questões estão
ultrapassadas, voltou ao país de carne, osso e alma, para aquilo que a Nação
guineense entenda que pode ser a sua missão.
Simões
Pereira anunciou para os próximos dias que fará reuniões com as estruturas do
partido para ter informações sobre a situação política do país. In “Agência
de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
Sem comentários:
Enviar um comentário