Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 12 de março de 2021

Guiné-Bissau – Domingos Simões Pereira regressou ao país

Bissau – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde disse que voltou de espírito aberto, pretendendo contribuir para, em conjunto, se construir um espaço de entendimento para relançar o país.

O avião que transportou o líder do PAIGC e a sua esposa aterrou no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, às 13h 13 minutos, hora local.


Na sua primeira declaração à imprensa, algumas horas após a sua chegada ao país e na sede do PAIGC, disse  estar profundamente chocado e que é importante dizer aos guineenses,  que não são as forças policiais que regulam  a vida dos guineenses mas sim as normas, e que as forças policiais ao exigir o cumprimento da lei têm que dizer de que lei se trata.

Criticou que há uso indiscriminado e completamente desproporcional da força policial que diz ser “absolutamente gratuita”.

“Nós estamos num país, numa sociedade em que todos, enquanto cidadãos, temos direitos e esses direitos têm que ser observados e respeitados”, disse.

Domingos Simões Pereira disse que está profundamente atingido, porque testemunhou, de forma directa, a agressão de um jornalista, um cidadão, um irmão deste país, como se tratasse de um animal, situação que diz não poder tolerar.

“Se o povo guineense aceitar isso, é porque está-se a escrever uma página negra da história guineense”, referiu e diz que não vai fazer parte dessa história, enquanto líder de um partido histórico.

Simões Pereira regressou depois de estar ausente no estrangeiro durante um ano.


Explicou que atrasou o seu regresso por três razões: “a primeira tem a ver com a questão da pandemia,  entendi que não era necessário regressar e de submeter às mesmas restrições, o segundo,  entendo que era preciso trabalhar e o terceiro é porque naquela altura, o meu regresso podia não contribuir para a estabilidade e paz no país”.

“Por não querer interferir no trabalho do Supremo Tribunal de Justiça que estava a dirimir um contencioso eleitoral, quis aguardar que esta instância decidisse em liberdade e isso deu a oportunidade de testemunhar, à distância, as interferências que houve para se decidir a favor de um candidato", acrescentou.

O líder do PAIGC disse que, considerado que todas essas questões estão ultrapassadas, voltou ao país de carne, osso e alma, para aquilo que a Nação guineense entenda que pode ser a sua missão.

Simões Pereira anunciou para os próximos dias que fará reuniões com as estruturas do partido para ter informações sobre a situação política do país. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau




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