O porta-voz do secretário-geral destaca relatos alarmantes de que dezenas de civis podem ter sido mortos durante ataques e confrontos desde a semana passada. A organização está preparada para responder à chegada de pessoas que fogem da violência no país africano de língua portuguesa
A
ONU e os parceiros humanitários estão profundamente preocupados com a segurança
dos civis na cidade de Palma, no norte de Moçambique, após um ataque por grupos
armados.
A
ofensiva ocorreu em 24 de março, e segundo as agências de notícias, terroristas
e extremistas islâmicos teriam assumido o controlo de partes da cidade, que
fica perto de Pemba, capital de Cabo Delgado.
Verificar informações
Em
nota emitida, nesta segunda-feira, o porta-voz do secretário-geral informou que
as comunicações na cidade estão interrompidas e é extremamente difícil
verificar os detalhes e desdobramentos no país africano de língua portuguesa.
Apesar
das dificuldades, a ONU recebeu relatos alarmantes de que dezenas de civis
podem ter sido mortos durante os ataques.
A
ONU calcula que milhares fugiram de Palma a pé, de barco e pela estrada para
escapar da violência. Muitos só levam a roupa do corpo, algumas pessoas
entraram pelas matas e precisam de ajuda urgente.
As
Nações Unidas e os seus parceiros estão a posicionar equipas de assistência
humanitária.
Mas
a organização precisa de financiamento adicional para responder a esta nova
crise.
Crise alimentar
O
Programa Mundial de Alimentos, PMA, expressou preocupação com o agravamento da
crise e a situação de segurança alimentar na região.
A
agência está enviando 2 mil rações de resposta imediata para apoiar a população
deslocada, caso cheguem a Pemba, Ilha de Ibo ou Mueda.
Outros
2 mil kits de rações de resposta estão sendo posicionados para apoiar as
populações deslocadas na parte sul do distrito de Palma.
A
assistência alimentar adicional foi temporariamente suspensa como resultado da
violência contínua.
O Serviço Aéreo Humanitário administrado pelo PMA está apoiando a evacuação de civis, incluindo mulheres e crianças e equipes médicas foram mobilizadas para tratar os feridos. In “ONU News” – Nações Unidas
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