Os
trabalhos para a elaboração do primeiro dicionário de língua portuguesa de
Moçambique (DiPoMo) arrancaram, em Maputo, com uma formação promovida pela
Cátedra de Português da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), anunciou o Instituto
Camões.
O
anúncio do arranque do projeto para o lançamento de um dicionário de língua
portuguesa de Moçambique, com financiamento do Instituto Camões, através do
Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), tinha sido feito pelo
ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no início de março no
parlamento português.
“É
o primeiro dicionário da língua comum de Saramago e Mia Couto que se publicará
fora de Portugal e do Brasil”, disse na altura Santos Silva.
De
acordo com uma nota do Instituto Camões, no âmbito do Projeto DiPoMo –
Dicionário do Português de Moçambique, a Cátedra de Português Língua Segunda e
Estrangeira na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo
Mondlane (UEM), em Maputo, promoveu, no início de março, o primeiro curso de
formação sobre a construção do “corpus do português de Moçambique”.
A
formação, que decorreu de forma virtual, contou com a participação de
investigadores e representantes de cada uma das províncias moçambicanas.
O
Dicionário de Português de Moçambique surge na sequência da construção e
publicação, em 2014, do Vocabulário Ortográfico Moçambicano da Língua
Portuguesa – VOMOLP, “recurso que permitiu descrever o português moçambicano” e
“desenvolver um primeiro recurso linguístico de larga escala”, segundo a nota.
O
VOMOLP é parte integrante do Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa
(VOC), acervo do qual constam vocabulários ortográficos de outros países de
língua portuguesa.
De
acordo com o Instituto Camões, a construção do DiPoMo, numa perspetiva de
descrição global do léxico da variedade moçambicana da língua portuguesa,
permite o seu uso em instituições de ensino e serve de base para a construção
de recursos didáticos adequados a Moçambique.
Servirá
igualmente de base para a criação de recursos computacionais, nomeadamente de
reconhecimento e síntese de voz, correção ortográfica e indexação semântica.
O
projeto é coordenado por Inês Machungo, da UEM, José Pedro Ferreira, do
CELGA-ILTEC e Maria João Diniz, da UEM, e conta com a participação de
linguistas, professores e outros profissionais da área das línguas de todas as
regiões de Moçambique e ainda com um corpo de consultores de outros países de
língua portuguesa, incluindo Portugal. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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