O
Programa Alimentar Mundial e o Governo da Guiné-Bissau através do Ministério da
Educação Nacional celebraram, este primeiro de março, o Dia Africano da
Alimentação Escolar.
Valorização
A
institucionalização do Dia Africano de Alimentação Escolar, em 2016, visa
reforçar a vontade política para a valorização e compra dos produtos agrícolas
locais através de promoção da partilha de conhecimentos. A ideia é aumentar a
consciência sobre a aquisição interna dos produtos alimentares.
O
representante do Programa Alimentar Mundial no país, João Manja, disse que a
agência quer apoiar o governo e os programas que permitam às crianças aprender
e prosperar. Manja ressaltou que o PAM procura inovar e encontrar formas
culturais inclusivas de implementar programas de refeições escolares.
“As
refeições escolares funcionam como uma rede de segurança eficaz não só para
evitar a insegurança alimentar das crianças, mas também como um instrumento de
transformação que assegura que todas as crianças tenham acesso a educação,
saúde e nutrição”.
Proteção
Social
A
utilização de agricultura local na refeição escolar forma uma rede de segurança
de benefícios múltiplos, reúne os setores da educação, saúde e agricultura e
promove objetivos de proteção social mais amplos. Ela também permite ao governo
e às comunidades apropriarem-se melhor dos programas alimentares.
As
cantinas escolares foram estabelecidas na Guiné-Bissau, em 1999, com uma
refeição diária por aluno. João Manja salientou que o programa melhora os
índices educacionais no país, aumenta as inscrições, a assiduidade e reduz o
êxodo escolar.
O
chefe do PAM destaca os benefícios da compra de produtos alimentares localmente
produzidos.
“A
compra de produtos propiciou a criação de novos mercados, ajudando os pequenos
produtores, sobretudo mulheres a melhorarem as suas economias, pois além de
fornecerem alimentos para os seus filhos nas escolas, ainda conseguem arrecadar
fundos para variar e melhorar a dieta alimentar das suas famílias”.
Cobertura
O
representante referiu ainda que em tempos da pandemia a abordagem de fornecer
os géneros que a criança deveria consumir na escola durante o ano letivo para
levar a casa ajudou famílias com economia doméstica em crise a melhorarem a
dieta alimentar das crianças.
O
PAM presta assistência alimentar a 180 mil crianças de 874 escolas em todas as
regiões da Guiné-Bissau. Em 2020, comprou localmente mais de mil toneladas de
tubérculos, 829 de arroz e 248 de feijão graças ao apoio financeiro do governo
do Japão.
A
experiência de compra de produtos locais iniciou nas regiões de Bafatá e Oio em
2016 com fundos do Japão e cobria apenas 65 escolas.
Em
2017 o número de escolas subiu para 274 e o financiamento passou a contar com a
participação do governo guineense. ONU News – Nações Unidas
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