Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 2 de março de 2021

Guiné-Bissau - Programa da ONU leva assistência alimentar a 180 mil crianças


O Programa Alimentar Mundial e o Governo da Guiné-Bissau através do Ministério da Educação Nacional celebraram, este primeiro de março, o Dia Africano da Alimentação Escolar.

Valorização

A institucionalização do Dia Africano de Alimentação Escolar, em 2016, visa reforçar a vontade política para a valorização e compra dos produtos agrícolas locais através de promoção da partilha de conhecimentos. A ideia é aumentar a consciência sobre a aquisição interna dos produtos alimentares.

O representante do Programa Alimentar Mundial no país, João Manja, disse que a agência quer apoiar o governo e os programas que permitam às crianças aprender e prosperar. Manja ressaltou que o PAM procura inovar e encontrar formas culturais inclusivas de implementar programas de refeições escolares.

“As refeições escolares funcionam como uma rede de segurança eficaz não só para evitar a insegurança alimentar das crianças, mas também como um instrumento de transformação que assegura que todas as crianças tenham acesso a educação, saúde e nutrição”.

Proteção Social

A utilização de agricultura local na refeição escolar forma uma rede de segurança de benefícios múltiplos, reúne os setores da educação, saúde e agricultura e promove objetivos de proteção social mais amplos. Ela também permite ao governo e às comunidades apropriarem-se melhor dos programas alimentares.

As cantinas escolares foram estabelecidas na Guiné-Bissau, em 1999, com uma refeição diária por aluno. João Manja salientou que o programa melhora os índices educacionais no país, aumenta as inscrições, a assiduidade e reduz o êxodo escolar.

O chefe do PAM destaca os benefícios da compra de produtos alimentares localmente produzidos.

“A compra de produtos propiciou a criação de novos mercados, ajudando os pequenos produtores, sobretudo mulheres a melhorarem as suas economias, pois além de fornecerem alimentos para os seus filhos nas escolas, ainda conseguem arrecadar fundos para variar e melhorar a dieta alimentar das suas famílias”.

Cobertura

O representante referiu ainda que em tempos da pandemia a abordagem de fornecer os géneros que a criança deveria consumir na escola durante o ano letivo para levar a casa ajudou famílias com economia doméstica em crise a melhorarem a dieta alimentar das crianças.

O PAM presta assistência alimentar a 180 mil crianças de 874 escolas em todas as regiões da Guiné-Bissau. Em 2020, comprou localmente mais de mil toneladas de tubérculos, 829 de arroz e 248 de feijão graças ao apoio financeiro do governo do Japão.

A experiência de compra de produtos locais iniciou nas regiões de Bafatá e Oio em 2016 com fundos do Japão e cobria apenas 65 escolas.

Em 2017 o número de escolas subiu para 274 e o financiamento passou a contar com a participação do governo guineense. ONU News – Nações Unidas

 


 

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