Cidade
da Praia – O ministro da Cultura destacou o forte impacto social do programa “Bolsa
de Acesso à Cultura” no combate à exclusão social, com uma forte integração
através da arte/cultura, focado no empoderamento das próximas gerações.
Abraão
Vicente, que visitou esta segunda-feira, a escola “Dança & Arte Gorreth”,
no Platô, “Projecto de Vida”, em Zona 4 (Ponta d’Água) e “Escola Vivarte”, em
Pensamento, mostrou-se “muito orgulhoso com o programa”, ainda que não tenha
sido gerido directamente pelo Ministério da Cultura, instituição que fica fora
da logística ou dos pagamentos dos professores que asseguram as aulas.
Da
sua visita à escola de Ballet de Gorreth referiu como sendo o exemplo “máximo
dos sucessos deste programa”, já que a Bolsa Cultura permitiu à instrutora ter
espaço condigno para revelar o seu potencial, recebendo, no centro do plateau,
crianças oriundas de bairros periféricos como São Pedro e Latada.
Por
isso considerou que a Bolsa Cultura tem vindo a mostrar o quanto a arte pode
empoderar as próximas gerações de cabo-verdianos, neste projecto no qual já se
nota retorno, essencialmente no combate à exclusão social, fruto de uma forte
integração social através da arte e da cultura que, na visão do ministro, tem
um forte impacto social.
“Uma
criança de São Pedro/Latada, os pais jamais na vida colocariam como prioridade
o ensino do ballet clássico, da guitarra, da flauta ou do piano como uma das
prioridades do ensino das suas crianças. Sei que há um esforço, também dos pais
para que as crianças cheguem cá. É uma maneira de empoderar e de incluir
socialmente as crianças”, ressaltou.
O
ministro sublinhou que esta política faz com que a auto-estima das crianças
seja muito mais fortalecida que a geração anterior, tendo afiançado que o
“fundamental não é formar artistas, mas sim o ser humano com sensibilidade pela
arte e com esta sensibilidade de que a vida vai muito além das dificuldades e
das circunstâncias em que cada um nasce”.
“Através
da arte nós podemos empoderar-nos e ter sucesso nesta escola formal”,
sintetizou
Por
ano o Ministério da Cultura disponibiliza um financiamento na ordem dos 22 mil
contos, quando este projecto iniciou com oito mil contos provenientes do
Orçamento do Estado 2017, pelo que se pretende expandir no futuro este projecto
a nível nacional, pelo que vai passar das 70 para 80 escolas, abrangendo todos
os municípios do país.
O
programa Bolsa de Acesso à Cultura iniciou em 2017, com 42 escolas e um total
de 1.167 alunos, em 2018 beneficiou directamente 40 escolas e 1108 alunos, para
em 2019 subir para 70 escolas e 1918 alunos, tendo elevado a fasquia em 2020
para 72 escolas seleccionadas e 2413 alunos, estando em 2021 com 80 escolas. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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