Apresentado como o "maior projeto fotovoltaico" na África Subsariana, contempla sete parques independentes com uma capacidade total de 370 MW. A construção está a cargo da portuguesa M. Couto Alves
A
Sun Africa, empresa norte-americana especializada em energias renováveis, vai
arrancar com a construção do "maior projeto fotovoltaico" na África
Subsariana: são sete parques solares, em seis províncias angolanas, com uma capacidade
total de 370 megawatts (MW). Em comunicado, a Sun Africa estima que este
projeto vá criar "milhares de postos de trabalho", diretos e
indiretos, permitindo, ainda, ao Estado angolano "uma poupança de
aproximadamente cinco mil milhões de dólares ao longo dos 35 anos de vida do projeto".
A
cerimónia oficial de colocação da primeira pedra decorreu esta quinta-feira,
dia 11 de março, em Biopio, na província de Benguela, onde ficará o "maior
parque solar individual" em toda a África Subsariana, com uma capacidade
total de 188 MW. A construção está a cargo da portuguesa MCA Group (M.Couto
Alves), que é o construtor líder do projeto, e a conclusão do primeiro dos sete
parques está prevista para o terceiro trimestre de 2022.
Quando
concluídos, o que se espera que ocorra no prazo de quatro a cinco anos, os sete
projetos terão uma capacidade total de 370 MW. Serão quase um milhão de painéis
solares, fabricados na Coreia do Sul, e que ficarão distribuídos por seis
províncias angolanas: Benguela receberá dois parques, com uma capacidade total
de 285 MW; Moxico e Lunda Sul receberão parques com 27 MW cada; e em Bié será
construído um com 14,65 MW. O parque de Huambo terá quase 8 MW e o da Lunda
Norte terá 7,2 MW. Um projeto que trará "benefícios significativos"
para o fornecimento de eletricidade em Angola e marcará uma "nova etapa na
diversificação energética" do país, destaca a Sun Energy. Contribuirá
ativamente para a meta do Governo angolano de conseguir que, até 2025, cerca
60% da população rural tenha acesso a eletricidade, um número que, atualmente,
ronda os 40%.
Da
responsabilidade da Sun Africa, o projeto conta com grupo diversificado de financiadores,
entre os quais as agências de cooperação sueca (Swedish Export Credit Corporation
(SEK)), sul coreana (K-Sure) e sul africana (DBSA). O sindicato bancário é
liderado pelo banco europeu ING. Os responsáveis da empresa americana
especializada em energias renováveis destacam, ainda, que "as condições
conseguidas para um projeto em solo angolano, num cenário financeiro
globalmente complexo como o atual, agravado pela pandemia de covid-19, foram
absolutamente notáveis".
Do
lado dos fornecedores técnicos e operacionais, o investimento da Sun Africa em Angola
junta alguns dos maiores nomes mundiais do setor, casos de Hitachi-ABB, Hanwha
Q-Cells, NEXTracker e Tesla. “Milenio Stadium” – Estados Unidos
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