No
fim deste mês é registrado um marco importante da cooperação entre Timor-Leste
e as Nações Unidas. No próximo dia 30 de agosto completam-se 20 anos após a
realização de uma consulta popular apoiada pela ONU, na qual os timorenses
escolheram a autodeterminação.
Falando
recentemente à ONU News, em Nova Iorque, o coordenador residente das Nações
Unidas no Timor-Leste contou que a organização atua com governo e parceiros
para que o país avance em áreas como serviços, economia, proteção civil e
mudança climática.
Roy
Trivedy destaca que dos cerca de 1,170 milhão de habitantes do Timor-Leste,
aproximadamente 70% são jovens com menos de 25 anos. Atualmente, a aposta é
investir na educação, no desenvolvimento vocacional e no combate ao desemprego.
“Temos
muitas pessoas que não têm empregos na área da economia formal. Então, é uma
prioridade muito grande. A outra prioridade é melhorar a qualidade de serviços
na educação, que é muito baixa. O governo tem como prioridade melhorar essa
área e também os serviços no setor da saúde e etc.”
Esta
semana, um grupo de especialistas das Nações Unidas visita o país para preparar
o quadro de cooperação para o desenvolvimento para o período de 2020 a 2024.
No
processo que culminou com a autodeterminação timorense, em maio de 2002, a
comunidade internacional também teve um forte envolvimento juntamente com redes
de solidariedade criadas em todo o globo.
Uma
das maiores demonstrações de apoio à autonomia de Timor-Leste veio da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.
Portugal,
Brasil e países lusófonos africanos fizeram parte de várias missões
internacionais que ainda desenvolvem iniciativas como a implantação e ensino da
língua portuguesa no país do Sudeste Asiático.
O
brasileiro Sérgio Vieira de Mello coordenou os trabalhos de reconstrução
nacional após o conflito entre Timor-Leste e a Indonésia. Ele liderou ainda o
processo que permitiu a formação do governo e do sistema de produção que
garantiu a construção de “um futuro democrático e economicamente inclusivo” no
país.
Sérgio
Vieira de Mello dirigiu a Administração Transitória das Nações Unidas em
Timor-Leste, Untated, que foi criada em outubro de 1999 com o mandato de
organizar a entrega do poder ao povo timorense. In “Mundo Lusíada” - Brasil
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