Com a presença da Universidade de
Aveiro (UA), um Consórcio que une seis das principais Escolas de Engenharia
portuguesas numa estratégia conjunta e com vista para o mundo e o futuro - e
tendo para já como foco os países de língua portuguesa- foi anunciado a 24 de
julho, numa cerimónia presidida pelo ministro da Ciência e Tecnologia e Ensino
Superior, Manuel Heitor
O
evento contou com os representantes das seis escolas de Engenharia, e da
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) que se junta a esta colaboração. O
Consórcio (CEE) reúne o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto (FEUP), a Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra (FCTUC), a Escola de Engenharia da Universidade do
Minho (EEUM), Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
(FCT Nova) e a UA. A colaboração assume linhas de ação comuns em vários
domínios, nomeadamente na contribuição para a excelência no ensino, na
investigação e inovação.
Segundo
Paulo Vila Real, que acompanhou a criação do Consórcio por parte da UA, “a
qualidade do ensino, da investigação e o número de alunos na área das
Engenharias, permitiu à UA associar-se aos seus membros fundadores. A
participação da UA nesta iniciativa, permitir-lhe-á aprofundar a cooperação com
os membros do Consórcio, contribuindo de maneira relevante para a formação de
quadros, docentes e investigadores dos países de língua portuguesa. Os
decisores políticos passarão a dispor de um interlocutor que contribua para as
reflexões e decisões de políticas de educação e investigação na área das engenharias”.
“Formar
docentes e investigadores dos países de língua portuguesa, capacitando-os da
melhor forma para os desafios do futuro e para as lideranças que poderão
exercer” é um importante objetivo deste consórcio, de acordo com João Falcão e
Cunha, diretor da FEUP. Prova disso mesmo serão as 20 bolsas de doutoramento
atribuídas anualmente ao consórcio, a serem atribuídas por concurso, e que
estarão já disponíveis a partir do próximo ano letivo.
A
ideia vem sendo trabalhada pelos representantes das escolas de Engenharia há
algum tempo, cientes das mais-valias que residem nesta colaboração. “Como se
costuma dizer a união faz a força e conjuntamente temos uma capacidade de
ensino, inovação e investigação muito maior”, salienta o professor João Falcão
e Cunha, que foi nomeado diretor executivo do consórcio. “Queremos, com este
consórcio, que a Engenharia tenha, cada vez mais, um maior impacto na sociedade
e na economia portuguesas, e o reforço da formação é um investimento
fundamental para atingirmos esse objetivo”, acrescenta o diretor da FEUP.
Os
resultados deste Consórcio tornar-se-ão visíveis já em setembro, com a abertura
de concursos para os estudantes de doutoramento. “O que vamos propor é que esse
conjunto de alunos, apesar de serem distribuídos pelas várias escolas, sejam
acompanhados e se mantenha o contacto entre eles para que se criem laços que no
futuro podem vir a ser importantes como forma de ligar as escolas e empresas em
que vão trabalhar”, salienta o professor Arlindo Oliveira, membro da Comissão
Executiva. Além das bolsas, está previsto que sejam, também, celebrados
anualmente, e no âmbito das mesmas, dois contratos para investigadores
doutorados.
O
MOOC “Astrolábio” que versará sobre a área de Sistemas de Informação e
Engenharia de Software é outro dos produtos resultantes deste Consórcio. O curso de ensino à distância conta com o
contributo das seis escolas da Engenharia e estará disponível a partir de
janeiro de 2020. “Este é também um contributo importante, e identificámos esta
área das tecnologias de informação como sendo uma das mais relevantes nos dias
que correm”, explica o professor Arlindo Oliveira.
O
Centro UNESCO, com a designação de Ciência LP – Centro Internacional para a
Formação Avançada em Ciências Fundamentais de Cientistas oriundos dos Países de
Língua Portuguesa, também apresentado hoje pela FCT, é um reforço e
simultaneamente um pilar dos objetivos do CEE. O mesmo tem como objetivo dar
formação avançada aos cientistas, numa primeira fase de língua portuguesa, e se
as necessidades identificadas assim o justificarem em outras línguas. O
objetivo é melhorar a capacidade de investigação e de educação dos candidatos
que vêm destes países. As bolsas de doutoramento e a contratação de
investigadores por parte dos consórcios serão feitas em articulação com o
Centro UNESCO.
A
sessão da assinatura do Consórcio contou também com a presença da ministra do
Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola, Maria do Rosário
Sambo, do ministro da Educação Nacional e Ensino Superior da Guiné-Bissau,
Daurtarin Costa e da ministra da Educação, Família e Inclusão Social de Cabo
Verde, Maritza Rosabal Peña.
Aproveitando
o momento e a sua essência foi também assinado um protocolo de cooperação entre
a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e o Consórcio de Escolas de
Engenharia (CEE) para “estimular a modernização progressiva e a reestruturação
do ensino da engenharia no contexto universitário europeu”. In “Universidade
de Aveiro” - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário