As celebrações do Festival Lunar 2019
trazem a dança e a cultura Thangka ao Pequeno Auditório do Centro Cultural de
Macau a 13 de Setembro. Os bilhetes começaram a ser vendidos
A “Noite
de Luar de Haojiang” é o título da peça de dança tibetana escolhida para
celebrar o Festival Lunar no próximo mês, integrada no evento “Arte Macau”, que
sobe ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Macau no dia 13 de
Setembro às 20h.
Apresentada
pelo Grupo Teatral e Artístico de Qinghai, esta dança da lua é um projecto
dramático que apresenta a arte religiosa Thangka à população local, numa festa
de simbolismo único que “transmite um apelo artístico forte e rico”,
reafirmando “a cultura tradicional chinesa com personagens vivas e vocabulário
de palco inovador”, segundo o Instituto Cultural.
O
bailado original “retrata artistas Thangka descrevendo as suas vidas”,
inspirados nos temas da “verdade, bondade e beleza” presentes na pintura
budista de influência tibetana. “A paixão e o amor do herói e da heroína por
Thangka e a cultura tibetana estão presentes em todo o drama”.
O
espectáculo que vem a Macau conta uma história de três épocas da vida – Vida
Anterior, Outra Vida e Esta Vida – coreografadas de forma a transmitir
sentimentos históricos e humanísticos, através da integração dos costumes
folclóricos autóctones, na música, na dança, na arquitectura e na pintura
tradicional da província de Qinghai, no noroeste da China.
As
pinturas religiosas Thangka foram seleccionadas para o projecto de arte do
Fundo Nacional para as Artes, que contou com exposições e espectáculos
criativos da Província de Qinghai nas celebrações do 22º Aniversário do Retorno
de Hong Kong à Pátria, que decorreram durante o mês de Julho no vizinho
território.
Budismo em Qinghai
Qinghai
é uma grande província chinesa, de população dispersa, situada ao longo do
planalto tibetano acima dos seis mil metros de altitude. É um lugar de fortes
tradições culturais tibetanas e mongóis, onde se situam as montanhas Kunlun, um
local sagrado para os peregrinos budistas.
Existem
mais de vinte mosteiros e templos budistas em Qinghai. Os principais são os
Mosteiros Wutong e Longwu, cujos monges são conhecidos produtores de Thangka,
pinturas religiosas em algodão ou seda, geralmente retratando divindades, cenas
ou mandalas budistas. Estas peças de arte estão reconhecidas como Património
Cultural Intangível da Humanidade, na lista da UNESCO, desde 2009.
A
arte sacra do Thangka remonta ao século VII e tem origem no Tibete. A maioria
das obras são criadas para meditação pessoal ou para a aprendizagem de
estudantes monásticos. A sua importância religiosa sobrepõe-se ao valor
artístico e estético. Os praticantes desenvolvem estes trabalhos como auxílio
às práticas de concentração e visualização das deidades com quem pretendem
fortalecer vínculos espirituais. Há muitas representações das visões dos
grandes mestres, nos momentos de realização, que foram gravados e incorporados
na escritura budista.
Os
bilhetes para o espectáculo estão à venda desde ontem, 1 de Agosto. Os preços
variam entre 100 e 300 patacas e têm desconto de 50 por cento para portadores
de BIR, Cartão de Professor e de Estudante de Macau, válidos. Raquel Moz – Macau in “Hoje Macau”
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