Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Macau – XXXIII Festival Internacional de Música de Macau

O Festival Internacional de Música de Macau conta, este ano, com uma actuação do grupo português “Os Quatro e Meia”, oriundo de Coimbra, que promete uma combinação “engenhosa” de rock e fado. O Festival que abre com “A Flauta Mágica” terá 22 espectáculos, um deles da Orquestra Sinfónica de Viena, que regressa ao território





O 33º Festival Internacional de Música de Macau (FIMM), que decorre entre 4 e 30 de Outubro conta com uma actuação do grupo “Os Quatro e Meia”, intitulada “Pontos nos Is”, agendada para dia 12 de Outubro no Pequeno Auditório do Centro Cultural.

“Ao som de guitarra, contrabaixo, violino, acordeão, bandolim e percussão, o grupo tem procurado agregar o mais variado manancial de música portuguesa de qualidade, do pop-rock ao fado, numa tentativa de conferir novas sonoridades e perspectivas a algumas das mais belas canções escritas em Portugal”, lê-se num resumo apresentado pelo Instituto Cultural (IC).

O álbum de estreia da banda de Coimbra data de 2017 e após a sua estreia no Coliseu do Porto, em Novembro do ano passado, já actuou na Casa da Música, na mesma cidade, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra e, também em Outubro, irá actuar no Coliseu dos recreios, na capital portuguesa. O concerto em Macau terá a duração de uma hora e quinze minutos, sem intervalo.

Questionada sobre a presença de apenas um grupo lusófono num ano particularmente importante para as relações Portugal-China, com os 40 anos das relações diplomáticas entre os dois países e os 20 anos da RAEM, a presidente do IC contrapôs com o facto de haver outros eventos que já enfatizam a cultura lusófona.

“Temos uma nova missão no IC: estabelecer um centro de intercâmbio cultural entre a China e Portugal, por isso, temos o Encontro sino-lusófono. No ano passado foi a primeira edição e este ano houve já a segunda. Nesta edição [do FIMM] parece que não temos muita participação de artistas portugueses, mas no início de Julho tivemos este evento”, apontou Mok Ian Ian.

No total, a edição deste ano do FIMM terá 17 programas num total de 22 espectáculos. A abertura fica a cargo da Orquestra Sinfónica de Hong Kong que apresenta “A Flauta Mágica”, uma ópera em dois actos de Wolfgang Amadeus Mozart. A produção que chega a Macau consiste numa mistura de animação cinematográfica e canto ao vivo.

Já no encerramento do festival, a Orquestra de Macau junta-se à Orquestra e ao Coro do NCPA da China para “A Cantata do Rio Amarelo”, da autoria de Xian Xinghai.

Outro dos grandes destaques desta edição do FIMM é Billy Childs, vencedor de vários “Grammy” que promete “uma inebriante noite de música jazz”.

O “Dorian Wind Quintet”. dos Estados Unidos, “famoso pelas suas actuações requintadas e apaixonadas, apresentará um repertório magnífico com a sua musicalidade consumada num concerto com o mesmo nome”. O grupo vai ainda colaborar com o pianista Billy Childs para apresentar a estreia mundial da sua nova composição, “Ecosystems”.

A presidente do IC indicou que esta estreia não foi encomendada. “Não fez a música por causa do festival”, asseverou Mok Ian Ian.

Vindo da Noruega, o “Trio Medieval” dará dois concertos: “Aquilonis” e “Canções Folclóricas”, procurando dar a conhecer a música nórdica.

O programa do festival conta ainda com Sona Jobarteh, intérprete de “kora”, um instrumento de 12 cordas, que apresentará vários temas tradicionais africanos no concerto “Griot Mandiga”.

De regresso a Macau está a Orquestra Filarmónica de Viena para apresentar a Sinfonia do Novo Mundo de A. Dvorak e o Concerto para Piano e Orquestra nº 3 de S. Rachmaninoff, a par da pianista chinesa Yuja Wang.

Diálogos musicais

Este ano, o FIMM inclui alguns espectáculo que se pautam por um “encontro” entre artistas ocidentais e orientais. O violinista búlgaro Svetlin Roussev vai colaborar com a pianista coreana Yeol Eum Son, num “Romance Musical”, no Teatro D. Pedro V. Além disso, os dois músicos apresentarão também o Duplo Concerto em Ré menor de F. Mendelssohn, com os Solistas de Sejong no concerto “Encontro Quatro Estações”.

Sophia Su, violinista local, juntar-se-á aos Solistas de Sejong para interpretar o Concerto para Violino e Orquestra nº1 de J. Haydn no concerto “Serenata de Cordas”.

Por sua vez, a Orquestra Chinesa de Macau convidou uma série de músicos para apresentar um conjunto de clássicos chineses e ocidentais no concerto “Encontro Musical entre o Oriente e o Ocidente”, incluindo a ária Nessun Dorma, da ópera italiana Turandot.

No concerto “Bravo Macau!”, Choi Hoi Lam (guzheng e erhu) e Fang Teng (erhu) vão subir ao palco para mostrar o seu talento.

A edição deste ano do FIMM conta com um orçamento de 31 milhões de patacas, mais 3% que na edição anterior não só por haver mais um espectáculo como devido a um maior investimento na publicidade, justificou Mok Ian Ian. Os bilhetes vão ser vendidos a partir das 10:00 de domingo.

Além dos espectáculos principais, o FIMM conta com um programa extra que inclui uma “Masterclass” pelo violinista Svetlin Roussev a par da pianista Sun Yingdi, com vista a potenciar a técnica de interpretação dos participantes. Há também uma oficina de instrumentos musicais para as famílias e Halen Woo, especialista em música popular africana e cubana será convidado a apresentar e a fazer demonstrações de diferentes tipos de instrumentos africanos a fim de partilhar o timbre da música da África Ocidental. O programa integra também sessões escolares da “Flauta Mágica”, palestras, conversas pré-espectáculo e actividades comunitárias. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau

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