A Associação Portuguesa de Projetistas
e Consultores (APPC) e associações empresariais timorenses assinaram um
memorando que será o primeiro passo para fortalecer os laços em empresas deste
setor no espaço lusófono
O
memorando de entendimento foi assinado numa curta cerimónia no Centro Cultural
Português, em Díli, pelo diretor executivo da APPC, José Pinho, pela presidente
da Associação de Mulheres Empresárias de Timor-Leste (AMETL), Hergui Luina
Fernandes, e pelo vice-presidente da Câmara de Comércio de Timor-Leste, João
Alves.
Na
cerimónia, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira,
sublinhou o que tem sido “a excelência do relacionamento entre a Câmara de
Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL) e a
comunidade empresarial portuguesa” em Timor-Leste.
Saudando
o potencial da rede de associações de consultores de energia, arquitetura e
ambiente do espaço lusófono, o diplomata disse que a iniciativa pode
“contribuir para o desenvolvimento socioeconómico de Timor-Leste e a sua
comunidade empresarial”.
Portugal,
disse, continua empenhado em “contribuir para que Timor-Leste continue a
conservar as características que o definem e tornam único na região” onde está
inserido e “em contribuir para o desenvolvimento e progresso” do país.
O
diplomata recordou, ao mesmo tempo, a importância de consolidar instrumentos
jurídicos bilaterais que “agilizem a mobilidade e trocas comerciais entre os
dois países”, nomeadamente no que se refere a evitar a dupla tributação.
O
memorando hoje assinado assenta no património linguístico que une as duas
nações e a rede criada pela APPC no espaço de língua portuguesa e ajuda a “unir
todos os PALOP e Timor-Leste” com um novo veículo de comunicação e cooperação.
O
memorando surge no âmbito dos esforços da APPC de criar uma rede de associações
de consultores de engenharia, arquitetura e ambiente no espaço lusófono,
criando assim um “estímulo às relações de parceria” empresariais.
José
Pinho, da APPC, disse que o projeto, que começou há dois anos, pretende
consolidar relações entre empresas, agentes económicos e profissionais destes
setores.
Desde
que arrancou a iniciativa permitiu apoiar a formação de associações em Angola e
Cabo Verde, somando-se à que já existia em Moçambique e que, agora, forma os
primeiros laços com Timor-Leste.
“Trata-se
de criar uma rede que é boa para todos, que consolida relações e parceiras,
permitindo que trabalhemos em todo este espaço em nos países vizinhos,
ajudando-nos mutuamente”, afirmou.
Hergui
Fernandes Alves disse que é essencial melhorar as capacidades das empresas
timorenses, e que a cooperação com empresas congéneres no espaço lusófono pode
ser muito útil nesse processo.
“Podemos
preparar-nos melhor, podemos melhorar as capacidades, especialmente no setor de
construção e infraestruturas”, disse.
João
Alves disse que este é um passo importante para a CCTL e a AMETL, abrindo a
porta para ajudar a fortalecer o setor da consultoria técnica, essencialmente
para os projetos de desenvolvimento.
“O
desenvolvimento do país está a começar e queremos melhorar o sistema técnico,
as especificações técnicas, o desenho. Muitos estão a começar a participar nos
projetos do Governo e esta colaboração pode ajudar-nos nisto”, afirmou. In “Sapo
Timor-Leste” com “Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário