Bissau
- A ministra da Agricultura e Floresta, Nelvina Barreto, afirmou na passada
quinta-feira ser seu objetivo colocar o
setor que tutela no centro do renascimento do país, mas a partir de novas
políticas.
Nelvina
Barreto anunciou essa intenção na aldeia de Djalicunda, norte da Guiné-Bissau,
no seu discurso por ocasião do lançamento da campanha agrícola 2019/2020, no
âmbito da qual o Governo distribui sementes e materiais de produção aos
agricultores.
Sob
o lema "No labra pa combati fomi ku koitadessa" (cultivemos a terra
para combatermos a fome e a pobreza), a ministra da Agricultura assinalou a
abertura daquela que é mais importante atividade económica da população
guineense e que, disse, pode mudar a imagem do país.
"A
agricultura deve tornar-se no símbolo do renascimento da Guiné-Bissau, unindo a
tradição e a modernidade para promover a justiça e o bem-estar, a soberania
alimentar e o emprego jovem", declarou a ministra do novo Governo, falando
para centenas de camponeses na aldeia de Djalicunda.
Perante
diversas autoridades guineenses, entre as quais o primeiro-ministro, Aristides
Gomes, e parceiros internacionais, Nervina Barreto lamentou o facto de a
campanha agrícola ter sido lançada tardiamente este ano, em comparação com anos
anteriores, afirmando que tal situação deveu-se à crise política.
A
responsável apontou ainda que a campanha agrícola poderá não ter os resultados
esperados, tendo em conta "o atraso considerável da chuva", associado
ao facto de o Governo não ter sido capaz de colocar nas mãos dos agricultores
as sementes e outros fatores de produção.
Nelvina
Barreto reconheceu atrasos e dificuldades, mas afirmou que não quer que os
agricultores guineenses continuem a "utilizar práticas, métodos e slogans
do passado" na sua produção.
"O
desenvolvimento do país passa pela melhoria das condições de vida e de trabalho
dos agricultores a quem o Estado deve dar tratores, motocultivadores,
debulhadores, máquinas de pilar, tudo o que irá aliviar a carga do trabalho
manual", defendeu a ministra.
Nelvina
Barreto disse ainda que vai dedicar uma atenção especial na utilização de
sementes selecionadas e certificadas, principalmente do arroz, base da dieta
alimentar dos guineenses, bem como de adubos orgânicos.
Um espaço de concertação
com os parceiros nacionais e internacionais que intervêm no setor da
agricultura será criado para assegurar a coerência, sinergias e
complementaridade das ações, avançou. In “Agência de Notícias da
Guiné” – Guiné-Bissau
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