São
Tomé – Um escritor São-tomense acaba de colocar no mercado de São Tomé e
Príncipe, uma obra literária, com mais de 500 páginas, informou uma fonte da
Direcção-Geral da Cultura do país.
Trata-se
de “O Barco de uma Vida” escrita por Adriano da Conceição Neto e que retrata a
sua infância, sociedade e peripécias da vida que viveu, nomeadamente, na
localidade de Fundação Popular e Água Porca, no distrito de Água Grande, na
Ilha de São Tomé, no âmbito do arquipélago de São Tomé e Príncipe.
A
fonte disse à Agência STP-Press que Neto começou a escrever o livro
pontualmente nas suas horas de lazer, quando estudava em Coimbra, Portugal.
Segundo
sabe-se, que a obra literária lançada na última quinta-feira, no país, levou
mais de 20 anos a ser escrita, sendo que se intensificou nos últimos três anos.
Adriano
Neto é um jovem, académico São-tomense, que vive na diáspora em Salzburgo,
Áustria e deslocou-se a São Tomé, para fazer o lançamento oficial do seu livro,
“O Barco de uma Vida”.
Várias
pessoas ligadas ao mundo académico, da cultura e literário afluíram-se ao local
de oficialização da obra para adquiri-lo ou apreciar a nova produção literária.
E
destas pessoas, Hilária Teixeira, enalteceu a qualidade da obra e disse que ela
retrata várias fases de uma vida, designadamente, do autor e de algumas pessoas
com quem este partilhou a infância, incluindo ela própria.
Trata-se
de primeira obra literária deste jovem escritor, no universo do mercado literário
de São Tomé e Príncipe. Manuel Dênde –
São Tomé e Príncipe in “STP Press”
Sinopse - No grande quintal da casa, onde todos os dias os oito
irmãos e alguns rapazes do bairro da Fundação Popular e da zona de Água-Porca,
em São Tomé e Príncipe, se juntavam espontaneamente para brincar, o pequeno
Amaril destacava-se dos demais meninos. É que, durante a correria que faziam,
mesmo que os restantes rapazes só arrancassem depois dele, o Amaril era sempre
o último a chegar. Quando andava na rua, alguns meninos atiravam-lhe sorrisos
trocistas e isso magoava-o e entristecia-o, criando nele sentimentos
ambivalentes profundos. Um certo dia, o pequeno Amaril fez um barco de papel e
depositou-o no pequeno riacho que passava atrás da sua casa e comparou o
percurso que o barquito iria fazer com a imagem da sua vida. Contudo, o seu
pai, ao contrário, disse-lhe: "cada um de nós constrói o seu futuro e o
seu destino e somos nós próprios quem devemos conduzir o barco a um porto
seguro".
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