A planta de Condições Urbanísticas
referente à ampliação da Escola Portuguesa de Macau está em consulta pública
até ao final deste mês. Com as alterações, o edifício poderá ter uma altura
máxima de 50 metros. Ao Jornal Tribuna de Macau, José Luís Sales Marques diz
tratar-se de um passo “muito positivo” e sublinhou ainda o facto de ter sido
anunciado que será concedido à Fundação outro terreno onde poderá ser erguida
outra escola
Decorre
até ao dia 29 mais um período de consulta pública das Plantas de Condições
Urbanísticas que depois serão debatidas no Conselho do Planeamento Urbanístico
(CPU). A lista de 10 projectos inclui o da ampliação da Escola Portuguesa de
Macau (EPM).
A
planta refere que a altura máxima prevista do edifício, na Zona C, onde deverá
ocorrer a ampliação, é de 50 metros. “O novo edifício a construir na Zona C
deverá ficar devidamente distanciado das construções situadas na zona A de
forma a que se possa continuar a apreciar o aspecto exterior das mesmas”, lê-se
na planta.
“A
concepção arquitectónica da construção nova deve estar em harmonia com as
construções situadas na zona A”, é também referido.
Em
fase de anteprojecto e projecto de arquitectura deverá ser ouvido o parecer do
Instituto Cultural. O Instituto para os Assuntos Municipais manda que se
mantenham as árvores existentes no terreno, porém, caso não seja possível, deve
ser solicitado o apoio do organismo para as transplantar “noutros lugares da
área do respectivo terreno”.
Ao
Jornal Tribuna de Macau, José Luís Sales Marques frisou que a emissão da planta
é um passo “muito positivo”. “Estamos muito satisfeitos por ter saído essa
planta, embora, obviamente, não esteja em condições de fazer comentários sobre
o que é permitido ou não porque isso são questões de carácter técnico e só
depois de consultar o arquitecto é que poderemos ter uma ideia mais precisa”,
começou por referir o membro do Conselho de Administração da Fundação Escola
Portuguesa de Macau.
“De
qualquer forma, é positivo porque, como é sabido, a escola precisa de alguns
trabalhos de recuperação e ampliação, até porque o número de alunos tem vindo a
crescer, portanto, é bom sinal. Agora vamos trabalhar, fazer o que é preciso
fazer”, destacou Sales Marques acrescentando que com a planta “já sabemos o que
é possível fazer”.
O
membro do Conselho de Administração da Fundação da EPM fez questão ainda de
recordar que foi atribuído um novo polo. “Portanto, a Fundação vai ter duas
escolas, a EPM e uma nova escola que será num terreno que será concessionado,
aliás, foi já um anúncio feito pelo Executivo. Vamos ter duas unidades sob a
nossa responsabilidade, portanto, para a continuidade e bom funcionamento da
EPM são necessárias algumas obras e ainda bem que a planta sai agora, quer
dizer que, a partir de agora, temos condições materiais, de referência
urbanística, para avançar com os outros passos que são necessários”.
O
Jornal Tribuna de Macau contactou ainda Carlos Marreiros, arquitecto
responsável pelo projecto de ampliação da EPM que, nesta fase, se escusou a
fazer comentários.
Intervenção em São Lázaro
Disponível
para análise do público está ainda um projecto para a área de São Lázaro. O
edifício é propriedade privada e tem finalidade não industrial.
Qualquer
intervenção ficará sujeita a um parecer do Instituto Cultural (IC) que emitiu
condicionamentos como a preservação da fachada sem aumento de cércea, a
utilização de reboco pintado nas fachadas e caixilharias de madeira ou metal
nas janelas e portas e a manutenção das características da cobertura inclinada
com revestimento em telha chinesa.
O
edifício deverá prever soluções próprias para a instalação de aparelhos de ar
condicionado, não sendo permitida a instalação destes equipamentos na fachada
com frente para a via pública, evitando-se que fiquem sobre a via pública
quaisquer canos de escoamento de águas.
Também
sujeito aos condicionamentos impostos pelo IC está um projecto pensado para a
Taipa, próximo da antiga Fábrica de Panchões.
O
projecto com finalidade industrial deverá manter as árvores existentes no
terreno, porém, caso não seja possível, terá de solicitar apoio ao IAM para a
transplantação. No rol de exigências inclui-se também a manutenção da
morfologia do solo e da zona verde existentes, destinada a tratamento
paisagístico e deve ser instalada uma vedação ao longo do limite da área.
O
IC manda também que se mantenham as características do muro de pedra construído
ao longo da Estrada do Coronel Nicolau de Mesquita e do Beco da Pérola e que
preserve a edificação da antiga fábrica de panchões. É preciso ainda “preservar
o arco, a inscrição ‘Fábrica de panchões Him Un Iec Kei Chan’ e as respectivas
escadas de pedra, situadas em frente do Beco da Pérola”.
Também
deve ser mantido o pórtico gravado com a designação da Fábrica de panchões e as
portas em forma de arco situados em frente da Estrada Coronel Nicolau de
Mesquita.
Lam Mau vai ter novas infra-estruturas
para idosos
Da
lista de Plantas de Condições Urbanísticas a consulta pública até ao final
deste mês constam dois projectos de infra-estruturas para idosos, ambos na
Avenida Marginal do Lam Mau. Em ambos os casos, em fase anteprojecto e projecto
de arquitectura deverão ser ouvidos os pareceres do Gabinete para as
Infra-estruturas de Transportes e do Instituto de Acção Social. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna
de Macau”
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