O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse, em entrevista à Lusa, que não tem medo do povo, nem o povo tem de ter medo dele, apesar do aparato militar que o acompanha.
“Houve duas vezes golpe de Estado no meu mandato. Aqui na Guiné, não fazem golpe, matam. Infelizmente, nós herdámos uma cultura de violência, o que é uma vergonha. Esquartejaram aqui o Presidente ‘Nino’ [Vieira], mataram o Amílcar Cabral”, disse, citado pela DW.
Nos cinco anos de mandato, a primeira das duas alegadas tentativas de golpe de Estado ocorreu em Fevereiro de 2020 e a segunda na madrugada de 01 de dezembro de 2023. Na entrevista, Embaló garantiu que, antes disso, andava de bicicleta, a pé, nas ruas, com três pessoas, mas que agora tem de andar rodeado de uma força de dezenas de militares armados.
“Eu tenho direito à vida, tenho que andar assim. Tentaram matar-me, mas o dia que eu vou sair daqui é porque Deus quis”, escreve a DW.
O Presidente reconheceu as dificuldades da população guineense e mostrou-se preocupado, mas salientou que não pode fazer milagres. In “O País” - Moçambique
Sem comentários:
Enviar um comentário